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Andrew fotografa o sublime — ou aterrador — lado invisível dos insectos de Singapura
O fotógrafo de vida selvagem Andrew Seah quer partilhar com o mundo um lado essencial da biodiversidade de Singapura, invisível a olho nu.
Andrew Seah procura o invisível aos olhos: as mil cores e texturas de aranhas, sapos ou escorpiões que, por um segundo, se tornam mais belos que assustadores. O fotógrafo de vida selvagem quer levar a biodiversidade de Singapura além-fronteiras e dar a conhecer espécies que, com sorte, nunca mais veremos tão perto.
“É impossível alguém proteger aquilo que não sabe que existe. Por isso, através do meu trabalho, espero que a população de Singapura conheça melhor a biodiversidade que quer preservar”, explica Andrew ao P3. “É especialmente importante compreendermos as necessidades da nossa fauna e flora e as consequências de as perdermos.”
O animal mais bizarro que capturou com as suas lentes macro, conta, é provavelmente uma espécie de grilo (mole cricket), da família Gryllotalpidae, que, como o nome indica, faz lembrar uma fusão entre um grilo e uma toupeira. Também o vinegaroon, ou escorpião-vinagre, é peculiar: embora semelhante a um escorpião, é um aracnídeo inofensivo, sem veneno. Em vez disso, afasta os predadores lançando um intenso cheiro a vinagre.
A carreira do fotógrafo começou apenas há cinco anos, motivado por um vídeo publicado no YouTube onde aprendeu as bases da macrofotografia. O talento descoberto para fotografar a vida selvagem de Singapura rapidamente se tornou uma paixão, e espera agora usá-lo para “partilhar com o mundo a vasta biodiversidade da selva urbana” do seu país.