Oitenta por cento das máscaras certificadas pela indústria não cumprem novas normas europeias

Centro tecnológico da indústria têxtil aprovou mais de 3000 modelos, mas só 20% tem filtração superior a 90%. Mudança de critérios na Europa terá impacto no sector nacional, avisam empresários.

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Cerca de 2400 modelos podem perder interesse comercial Miguel Manso (arquivo)
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Reuters/GONZALO FUENTES

Se o Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla inglesa) apertar os critérios para as máscaras sociais, muitas das que foram certificadas pela indústria têxtil no último ano terão de ser melhoradas, ou então terão os dias contados. Segundo números oficiais, 80% dos mais de 3000 modelos de máscaras certificados pelo Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário (Citeve) têm uma capacidade de filtração entre 70% e 90%. Se o ECDC recomendar uma capacidade de filtração acima dos 90%, próxima ou igual à das máscaras FFP2, que a Alemanha tornou obrigatórias em espaços públicos, são cerca de 2400 modelos que podem perder interesse comercial. E o que foi uma espécie de “salvação” da indústria na primeira vaga da pandemia pode tornar-se um problema inesperado.

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