Depois de acusar a escola de maus tratos, Paris Hilton envida esforços para a fechar

This is Paris é o novo documentário da actriz onde revela ter sido abusada na adolescência quando esteve no colégio interno.

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Reuters/MARK BLINCH

Paris Hilton, 39 anos, revela uma história até agora desconhecida, no mais recente documentário, This is Paris, onde alega ter sido mental e fisicamente abusada no colégio interno quando era adolescente e que agora está a trabalhar para fechar as portas dessa escola.

O documentário estreou a 14 de Setembro no YouTube e gerou uma onda solidária dos fãs da socialite. “Tenho tido várias pessoas que me escrevem a dizer ‘muito obrigado’”, partilha Hilton, que durante 20 anos manteve em segredo o trauma. Cada vez que tentava contar à família, era castigada, acrescenta.

Na grande revelação, a neta do empresário hoteleiro Barron Hilton, que morreu em Setembro, alega que foi maltratada, colocada em isolamento durante horas e forçada a ingerir medicamentos desconhecidos na Provo Canyon School, no estado de Utah, um dos colégios internos com valência em saúde mental, onde acabou por também ser acompanhada enquanto doente.

Em resposta às acusações da protagonista, a Provo Canyon School escreveu um comunicado: “Estamos cientes da referência dos meios de comunicação sobre a nossa escola”, informando, ainda, que a Provo foi vendida em Agosto de 2000 pela proprietária anterior. A administração do colégio interno, completa, “nas últimas duas décadas, o tratamento da saúde mental evoluiu de um princípio baseado no comportamento para uma abordagem mais personalizada e informada sobre o trauma”. A Provo Canyon School salvaguarda o empenho e a segurança tanto dos doentes como dos profissionais: “Trabalhamos com indivíduos extremamente complexos que apresentam perigo para nós e para os outros.”

A premissa original do filme era destacar Hilton como uma mulher de negócios e esclarecer os preconceitos errados sobre Paris. No entanto, durante as filmagens a jovem socialite começou a abrir-se com a sua realizadora, Alexandra Dean. “Sinto-me tão confortável com ela e falei-lhe dos meus pesadelos e um pouco sobre a minha história”, referiu.

Se, por falta de coragem, Paris Hilton inicialmente não pretendia abordar o tema do abuso no documentário, acabou por fazê-lo. “A realizadora puxou por mim e fez-me entender que realmente o meu problema pode ajudar muitas pessoas e dar força a outras.” A norte-americana acrescenta que está entusiasmada por usar a sua voz, em vez da voz de bebé que a tornou famosa. “É exaustivo fingir não ter cérebro e ideias do que vai acontecer”, lamenta, destacando que já o faz há muito tempo. “Não sou uma loira burra. Apenas muito boa no que pretendo ser.”