Índice de bem-estar continuou a subir em 2016, revelam estatísticas

INE analisou os dados referentes às categorias "condições materiais de vida" e "qualidade de vida", que têm estado a melhorar desde 2013.

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A vulnerabilidade económica ainda não recuperou para o nível de há 13 anos Nelson Garrido

O índice de bem-estar dos portugueses continuou a subir em 2016, com educação, participação cívica e ambiente a melhorarem e vulnerabilidade económica ainda abaixo dos níveis de 2004, revelou nesta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No índice divulgado, em que se analisam os dados nas categorias "condições materiais de vida" e "qualidade de vida", atingiu-se o valor de 123,7 para 2016, subindo dos 119,1 registados para 2015 (valores de ponderação dos factores analisados). As duas categorias têm estado a aumentar desde 2013. As condições materiais de vida desceram entre 2004 e 2013, começando a subir a partir de 2014, enquanto a qualidade de vida tem estado sempre a subir desde 2004.

A vulnerabilidade económica, que reflecte o endividamento das famílias e a dificuldade de pagar despesas de habitação, esteve sempre a descer entre 2004 e 2013, ano a partir do qual começou a subir, mas ainda não recuperou para o nível de há 13 anos. Contudo, o índice geral de bem-estar económico, para o qual contam patrimónios e rendimentos, atingiu 110 em 2016.

No campo da educação e do conhecimento, o aumento de publicações científicas e doutoramentos, que cresceu mais de 300% entre 2004 e 2015, foi um dos indicadores que mais influenciou a subida deste sector. O domínio trabalho e remuneração, que desceu constantemente com o aumento do desemprego, começou a subir a partir de 2013 e o INE estima que continue a crescer.

No que toca à participação cívica e governação, em que se medem indicadores como a confiança nas instituições, interesse pela política e participação eleitoral, o INE viu crescimento até 2006, queda até 2010 e recuperação, especialmente a partir de 2013. Quanto ao Ambiente, cujos indicadores vão da qualidade das praias à poluição sonora, subiu 28,8 por cento desde 2004, situando-se nos 131,5 para o ano de 2016.