Repetindo os procedimentos que levaram a cabo no último período de greves, que se iniciou em Novembro e se prolongou até ao final do ano, o Sindicato dos Estivadores - Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal entregou um novo pré-aviso de greve, de forma a prolongar o período de paralisação.

Depois do primeiro pré-aviso, que dá conta da “abstenção à prestação do trabalho incidente sobre cargas ou navios" entre as 8h do dia 20 de Abril e as 8h do dia 5 de Maio, o segundo documento apresentado nos ministérios do Trabalho e do Mar prolongam a promessa de paralisação, até ao próximo dia 12 de Maio.

De acordo com o comunicado enviado às redacções, para além dos trabalhadores do porto de Lisboa também os trabalhadores da Figueira da Foz aderiram à greve ao trabalho suplementar. 

Este novo ciclo de greves surge depois de terem sido esgotadas as negociações que arrancaram no início do ano após a iniciativa da Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, e chegaram a estar muito bem encaminhadas, mesmo nas palavras do Sindicato dos Estivadores. Foi mesmo o Ministério do Mar o primeiro a dar conta da ruptura das negociações, apelando a que as partes se voltassem a sentar á mesa das negociações.

O PÚBLICO pediu uma reacção aos representantes dos operadores portuários, mas ainda não teve resposta. A Associação dos Agentes de Navegação reagiu assim que foi conhecido o primeiro pré-aviso, dizendo-se "revoltada" e "indignada" com uma luta que, consideram, pode por em causa o próprio Porto de Lisboa.