Há novas soluções para quem leva o lanche para o trabalho. A cortiça é a matéria-prima e há diversos formatos. Desde sandes a arroz ou fruta, todos os alimentos podem ser transportados desta forma.
A ideia de fazer uma lunch box de cortiça foi apresentada pela associação cultural de Milão T12Lab e pela Nuova Accademia di Belle Arti (NABA), também da cidade, e contou com o apoio da Corticeira Amorim.
Os protótipos foram trabalhados por 25 alunos da NABA e apresentados na Milan Design Week. Carlos de Jesus, director de comunicação e marketing da Corticeira Amorim, explica que as lancheiras “ainda não estão em comercialização” e que é “prematuro", nesta fase, avaliar o desenvolvimento dos modelos em questão.
A curadora do projecto, Dominique Kuroyanagi, considera que esta lunch box é um “objecto que pertence ao futuro”. E se no presente “cada vez mais pessoas trazem comida de casa para comer ao almoço”, as vergonhas do passado têm de ser esquecidas. Esta é uma forma não só de poupar dinheiro como também de comer de forma mais saudável. Está a chegar a hora de dizeres adeus à lancheira tradicional e de apostares num objecto original que transpareça a tua “atitude moderna”, como lhe chama a curadora.
Para acompanhar os últimos avanços nos hábitos das pessoas, Dominique Kuroyanagi esclarece que quis “explorar novas possibilidades”, usando um material 100% reciclável, um dos poucos materiais isolantes – a cortiça. Essas duas propriedades são consideradas fundamentais pela curadora que as considera o “coração do projecto”.
Além disso, esta forma alternativa de levar a comida para o trabalho – ou para onde quiseres – vai contra as “consequências pesadas para o ambiente” que as lancheiras tradicionais representam por serem “normalmente feitas de plástico ou metal”, reforça a curadora do projecto. Tendo em conta que o projecto pretende alertar “para a necessidade de se reduzir o desperdício, um dos maiores problemas com que se depara a sociedade contemporânea ocidental”, a cortiça, “natural e renovável” foi considerado o material ideal para responder ao desafio, explica Carlos de Jesus.
Para Dominique Kuroyanagi “a força e a flexibilidade” do material “dão a possibilidade de criar este objecto que é feito com uma malha de metal que permite que o objecto tenha várias formas”.
Está, assim, cada vez mais próximo um futuro em que fruta, arroz e carne podem ser levados para o trabalho… em embalagens feitas de cortiça.