É como um paradoxo palpável: a cortiça tanto pode ser usada pelo seu potencial insulativo como pelo seu potencial poroso; é um material que resiste à acção do tempo, mas que também é flexível e fácil de moldar. Já foi tentativamente usada como roupa ou reinventada no seu papel de almofada de pioneses. Mas a Corticeira Amorim crê que ainda há muito mais para fazer com a cortiça, e decidiu assim criar uma incubadora empresarial dedicada a este material de origem vegetal.
Vai ser já no último trimestre de 2014 que a Amorim Cork Ventures vai iniciar a sua actividade. A incubadora da Corticeira Amorim vai procurar potenciar novos e existentes projectos que descubram utilidades para a cortiça para além do fiel pulmão para vinho engarrafado.
Os projectos que venham a ser integrados deverão orientar-se para os mercados externos, onde a corticeira poderá assistir as start-ups com as suas ligações enquanto agente internacional. Para além do network a nível global, a incubadora contará com um fundo total de um milhão de euros, entre instalações para as empresas, prestação de competências e fomentação de parcerias com serviços externos.
O campus da Amorim Cork Ventures terá espaço em Santa Maria da Feira, e ainda este ano será lançado um concurso para a integração dos primeiros projectos portugueses. Em 2015, a Amorim Cork Ventures começará a integrar também propostas de projectos vindas do exterior.
Texto editado por Luís Octávio Costa