Datas e factos do caso Crivelli
Parte do restauro terá sido arcado pelo Estado nos anos 60, tendo em conta a futura protecção.
2 de Dezembro de 1968
O Instituto José de Figueiredo, a quem foi pedido o restauro da Virgem de 1487 de Crivelli, apresenta um orçamento de 45 mil escudos aos então proprietários. Existe o comprovativo do pagamento de 22,5 mil escudos a 20 de Janeiro de 1969 e nenhum outro. Várias fontes disseram ao PÚBLICO que o remanescente foi coberto pelo Estado num acordo que previa já a futura inventariação da obra.
29 de Julho de 1970
É publicado o despacho do subsecretário de Estado da Administração Escolar que diz que o Crivelli “não pode ser alienado ou enviado para fora do país” sem autorização do Estado
2 de Julho de 2007
Pais do Amaral adquire a Virgem de Crivelli aos 10 herdeiros de Caetano Andrade de Albuquerque Bettencourt estando, à época, comprovadamente ciente das restrições legais a esta associadas e havendo com os herdeiros troca de correspondência a esse respeito
4 de Abril de 2011
Pais do Amaral recebeu uma oferta de compra da obra em França por cinco milhões de dólares, hoje cerca de 3,8 milhões de euros e não os 2,9 milhões que tanto o empresário como Francisco José Viegas avançaram ao PÚBLICO
27 de Abril de 2011
Pais do Amaral terá respondido ao comprador francês
14 de Junho de 2011
Pais do Amaral entrega o pedido de expedição permanente no Ministério da Cultura em vez de no organismo competente, o IMC
17 de Junho de 2011
Elísio Summavielle, então secretário de Estado do último Governo Sócrates, já em gestão, faz descer o dossier ao IMC
21 de Junho de 2011
Os ministros e alguns dos secretários de Estado do XIX Governo Constitucional tomam posse
28 de Junho de 2011
Francisco José Viegas toma posse como primeiro secretário de Estado de Passos Coelho
6 de Setembro de 2011
Consultada pelo gabinete de Viegas, a hoje procuradora-geral adjunta do Tribunal Central Administrativo Raquel Vicente da Rosa assina um parecer jurídico favorável ao Estado
7 de Setembro
O gabinete do novo SEC faz ao IMC um pedido de parecer com carácter de “muito urgente”
16 de Setembro de 2011
A resposta com parecer negativo do IMC sobe ao gabinete de Viegas