Jornalista portuguesa recebe prémio internacional das mãos de Kofi Annan
"Trata-se de um estímulo para continuar esta luta, para continuar a trabalhar. E é ao mesmo tempo uma responsabilidade, porque aumenta as expectativas em relação ao meu trabalho", comentou a galardoada.
Luísa Schmidt frisou ainda que depois dos fracos resultados da Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, que terminou quarta-feira em Joanesburgo, "ainda se torna mais importante continuar a trabalhar nesta área".
"Depois da Cimeira, com os resultados muito aquém do desejado, ainda se torna mais importante lutar pela articulação entre os direitos ambientais e os direitos humanos. É muito entusiasmante trabalhar nesta área e continuar a dedicar-me à interdependência das questões ambientais, económicas e sociais", disse à agência Lusa.
Luísa Schmidt começou a escrever sobre ambiente em 1990, no semanário "Expresso", onde ainda hoje colabora, dedicou-se à investigação ambiental a partir de 1995 e foi uma das fundadoras do Observatório do Ambiente.
Actualmente, permanece como membro da direcção deste Observatório e é investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
O Prémio Internacional de Comunicação Ambiental, criado no ano passado, será entregue em Nova Iorque a Luísa Schmidt por Kofi Annan, em data que ainda não está definida.
A distinção foi criada para "encorajar a divulgação de iniciativas relacionadas com o desenvolvimento sustentável e para premiar empresas, organizações e indivíduos que comunicam eficazmente os seus esforços".
O nome da galardoada foi proposto pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e seleccionado por um comité internacional composto por peritos da Suécia, Botswana, Estados Unidos, Filipinas e Alemanha.
O Prémio Internacional de Comunicação Ambiental não tem tradução financeira, é antes um galardão de prestígio, de acordo com a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.