Depois do empate de sábado entre Sporting e Benfica em Alvalade, da morte de um adepto italiano dos "leões" junto ao Estádio da Luz na noite anterior ao jogo e da recusa do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, em assistir ao derby na tribuna de honra a convite de Bruno de Carvalho, o presidente do Sporting voltou a atacar o dirigente rival através da sua conta no Faceboook. “Ontem acreditei que Vieira seria capaz de sofrer uma regeneração, e por isso lhe fiz o convite para assistir ao jogo na tribuna. O facto de estar refém de claques ilegais que apoia não o permitiram”, lê-se na página de Bruno de Carvalho, retomando as críticas de sábado e das semanas anteriores ao suposto apoio do Benfica às claques ilegais No Name Boys e Diabos Vermelhos.

“É triste ver qualquer tipo de ser humano refém. Mesmo o mais reles de personalidade merece ter a sua liberdade mesmo que a use mal”, dispara. Para o presidente do Sporting, Luís Filipe Vieira “perdeu a hipótese, mais uma vez, de criticar veementemente alguns dos seus adeptos, desta vez pela quebra do minuto de silêncio”, em homenagem ao adepto [italiano, do Fiorentina] sportinguista morto, com a já célebre e repugnante imitação do som do very-light que matou outro adepto do Sporting em 1996”.

Referindo-se a comentários do dirigente benfiquista após o jogo, em que Vieira fazia alusões ao "populista" João Vale e Azevedo em referência implícita a Bruno de Carvalho, o presidente do Sporting escreveu que o homólogo do Benfica "esconde-se atrás de um Vale e Azevedo para tudo, mas veremos se não se tornarão vizinhos quando deixar de ser presidente do Benfica”. Vale e Azevedo, ex-presidente das “águias”, encontra-se neste momento em liberdade condicional depois de ter cumprido parte de uma pena de prisão por diversos crimes económicos e financeiros, incluindo burla.

"A cartilha mandou-o perguntar o que estava a fazer um adepto do Sporting ao pé do Estádio da Luz. Essa pergunta com que o famigerado Hugo Gil, e demais assalariados, poluíram as redes sociais e media o dia todo, demostra o quão rasteiro e baixo pode ser um ser humano", adiantou o responsável dos "leões", dando depois uma "resposta simples": "Nem todos são reféns de criminosos e por isso são livres de circular por onde desejarem".

Numa longa mensagem, cheia de casos e ataques, Bruno de Carvalho diz que Filipe Vieira é “um cobarde refém de claques ilegais e de uma cartilha de terrorismo comunicacional”, e que “teve ontem a sorte do jogo que teve um árbitro que actuou com nota artística que depois veio atacar para lançar mais pó para os olhos de todos”, deixando críticas à arbitragem do derby de sábado e fazendo alusões ao caso Porta 18, no qual um funcionário administrativo do Benfica foi detido, em 2015, por posse de estupefacientes.