Site falido de bitcoins encontra 83 milhões de euros numa carteira antiga

MtGox diz ter perdido cerca de 354 milhões de euros na moeda digital, a maioria dos quais pertencentes a utilizadores.

Foto
Uma representação das bitcoins casascius

Num comunicado, o site explica que “tinha algumas carteiras de formato antigo que foram usadas no passado" e nas quais pensava "já não ter quaisquer bitcoins”. Na sequência do processo de falência, “estas carteiras foram reexaminadas e o saldo investigado”. O resultado foi a descoberta de “uma carteira de formato antigo que era usada antes de Junho de 2011 e que tinha um saldo aproximado de 200 mil bitcoins”.

A descoberta, que foi comunicada às autoridades, vem lançar novas dúvidas sobre a gestão do MtGox, que fechou no final de Fevereiro, depois de duas semanas em que os utilizadores viram as respectivas contas congeladas e ficaram sem acesso aos fundos. De acordo com o site as 850 mil bitcoins que o MtGox geria (750 mil das quais eram de utilizadores e as restantes da própria empresa, que tem sede no Japão) desapareceram sem que se saiba o motivo. Ao preço actual, aquelas bitcoins valem cerca de 354 milhões de euros.

Com as 200 mil bitcoins entretanto encontradas, o número de bitcoins desaparecidas reduz-se para 650 mil. “As razões para o desaparecimento e o número exacto de bitcoins que desapareceram ainda está sob investigação e estes números podem mudar”, lê-se no comunicado desta quinta-feira, assinado pelo presidente-executivo do MtGox, Mark Karpeles.

Muitos utilizadores têm expressado desconfiança em relação ao desaparecimento dos fundos. À agência Reuters, um advogado de um utilizador dos EUA notou a coincidência de as 200 mil bitcoins terem sido encontradas precisamente após ter conseguido obter autorização de um tribunal para tentar encontrar o rasto de algumas das bitcoins desaparecidas. “Parece que o MtGox perceber que estávamos perto e decidiu admitir que tem estas 180 a 200 mil bitcoins”, afirmou o advogado Steven L. Woodrow, em declarações por email.
 

  



Sugerir correcção
Comentar