O que vai acontecer à Internet? “Vai desaparecer”, diz o responsável da Google
Eric Schmidt prevê um mundo onde tudo o que usamos vai interagir connosco, mas diz que não é possível antecipar qual será o papel das aplicações dos smartphones no domínio do mercado tecnológico futuro.
O empresário falava num painel no Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça. As declarações foram dadas já no final do debate, em resposta a uma questão, revela a revista The Hollywood Reporter no seu site.
“Vou responder de uma forma muito simples, a Internet vai desaparecer”, defendeu Eric Schmidt. “Vai haver tantos endereços IP… tantos dispositivos, sensores, coisas que se usa, coisas com que estaremos a interagir que nem sequer nos apercebemos”, explicou. “Vai estar presente connosco, todo o tempo. Imaginem entrar num quarto e o quarto ser dinâmico. E, com a permissão de cada um, podemos interagir com coisas que estão no quarto.”
Para o responsável da Google, o futuro será fascinante: “Emerge assim um mundo muitíssimo personalizado, muitíssimo interactivo e muito, muito interessante.”
Antes, durante a conversa do painel intitulado O futuro da economia digital, o empresário falou sobre as interrogações do futuro em relação ao domínio dos mercados, defendendo que as aplicações dos telemóveis terão um papel que ninguém consegue hoje antever.
“Estamos a ver muitas plataformas tecnológicas, que são fortes, a surgirem, e estamos a ver uma reorganização, e uma nova ordem futura de domínio, ou de líderes, ou qualquer que seja o termo que se queira usar devido à ascensão das aplicações e dos smartphones”, disse Schmidt. “Ninguém pode adivinhar com o que as infra-estruturas das aplicações dos smartphones se vão parecer”, já que um “um novo tipo” de intervenientes pode emergir para alimentar os smartphones, disse.
Eric Schmidt defendeu ainda que a Internet tem sido a força que, nos últimos, deu mais poder aos cidadãos. “Há anos que a Internet é a coisa que tem dado mais poder aos cidadãos”, disse, citado pela The Hollywood Reporter. “De repente, os cidadãos têm uma voz, podem ser ouvidos.”