Microsoft lança novos Nokia e quer ter mais de 10% do mercado em Portugal

Lumia 630 já está à venda. O modelo 930 chega ao mercado em Julho.

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As duas empresas estão em fase de integração Dado Ruvic/Reuters

O objectivo foi revelado pelo director geral da Microsoft, João Couto, no primeiro evento conjunto das duas marcas em Portugal, que aconteceu pouco mais de um mês após a multinacional norte-americana ter concluído a compra do negócio de telemóveis da empresa finlandesa. “A expectativa é, no fim do ano, [ou] início do próximo, sermos claramente a terceira plataforma”, adiantou João Couto a uma plateia de jornalistas, acrescentando querer atingir “rapidamente uma quota de, no mínimo, dois dígitos”. 

Na apresentação, na sede da Microsoft, participou também o ex-director geral da Nokia Portugal, Luís Peixe, que dirige agora a divisão de dispositivos móveis na Microsoft. Toda a equipa da Nokia Portugal foi integrada. 

A empresa mostrou o Nokia Lumia 630, um modelo que chegou ao mercado há poucos dias por um preço de 190 euros livre de operador e que serve para ajudar a conquistar os segmentos de preços mais baixos, onde a margem de crescimento pode ser maior. Os modelos de baixa gama serão 52% das vendas de smartphones em 2017, indicou Luís Peixe, com base em dados de uma consultora de mercado. “É aqui que está uma grande fatia de oportunidade”, afirmou, uma vez que neste segmento há ainda utilizadores que não migraram dos telemóveis convencionais.

O Lumia 630 tem um ecrã de 4,5 polegadas, um processador Snapdragon de quatro núcleos de 1.2 GHz, 512 megabytes de memória RAM e oito gigabytes de armazenamento interno. Aceita dois cartões SIM (a versão vendida pelos operadores, apenas um). Um modelo igual mas com conectividade 4G será vendido a partir de Julho.

Também em Julho, vai chegar ao mercado o outro modelo apresentado. O Lumia 930 tem um ecrã de cinco polegadas, processador de quatro núcleos de 2.2 Ghz, dois gigabytes de memória RAM e 32 gigabytes de espaço de armazenamento. A câmara terá 20 megapixeis. O preço ainda não está definido, mas as especificações apontam para um modelo de gama alta.

No evento, o director geral da Microsoft observou que a empresa deixou de estar na posição de líderança que tinha quando contabilizava apenas o mercado dos computadores, passando para uma posição de apenas 12% de quota global, quando se fazem também as contas aos smartphones tablets.

“Perdemos o comboio e agora estamos a recuperar em ritmo acelerado”, afirmou, admitindo que as duas plataformas rivais – o Android e o iOS, da Apple – têm um avanço que levará tempo a recuperar. “Temos de fazer um esforço enorme, muito maior do que os nossos concorrentes”, disse, referindo-se tanto à promoção dos produtos com o sistema Windows, como à captação de programadores que criem aplicações para a plataforma da Microsoft. Este é um factor muito importante para atrair os consumidores, mas tem-se revelado complicado para a empresa, com algumas aplicações populares a optarem por não estar, ou por chegar mais tarde, ao Windows Phone.

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