Google paga 5,4 milhões de euros para evitar processo nos EUA

Entre 2007 e 2010 os carros do serviço Street View guardavam dados das redes de Internet que encontravam pelo caminho.

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Um carro do Street View numa estrada portuguesa Jorge Silva/arquivo

A recolha aconteceu a partir de 2007 e foi descoberta em 2010: alguns dos carros do Street View (o serviço do Google que mostra fotografias detalhadas das ruas e estradas) estavam equipados com software que recolhia amostras de informação que circulava nas redes sem fios que não estivessem protegidas. Estes dados podiam incluir todo o tipo de informação, como palavras-passe e emails.

A empresa começou por negar a recolha e mais tarde afirmou que se tratava de um erro e que o software tinha ido parar aos carros por descuido. Mas uma investigação do New York Times acabou por revelar que a empresa tinha contratado um engenheiro para localizar as redes sem fios nos locais por onde os carros do Street View passavam — embora isso não envolvesse recolher dados que circulavam nessas redes.

O caso foi descoberto pelas autoridades alemãs e, na sequência disso, a multinacional americana trabalhou com as autoridades de dados de vários países para destruir a informação.

A notícia do acordo com as autoridades dos EUA foi avançada pelo site de tecnologia All Things Digital, do Wall Street Journal, e confirmada pela agência Associated Press, segundo a qual o acordo deverá ser comunicado no início da próxima semana. Oficialmente, o Google afirmou apenas que a investigação ainda está em curso.

Um acordo de sete milhões está longe de ser uma factura pesada para o Google. No ano passado, a empresa teve mais de 50 mil milhões de dólares de receitas e mais de dez mil milhões de lucros.

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