Google lança router para tentar tornar Internet em casa mais simples
Aparelho chega apenas aos EUA e Canadá.
O Google diz querer resolver problemas que são familiares a muitos dos que têm um router destes em casa: ligações que ocasionalmente ficam lentas, paragens, uma miríade de luzes a piscar que nem sempre são fáceis de perceber (e de explicar ao apoio técnico) e uma estética que faz com que frequentemente fiquem semi-escondidos algures.
“Muitos de nós põem o router no chão ou fora da vista, onde não funciona bem. Substituímos os cabos desordenados e as luzes que piscam por antenas internas e luzes subtis e úteis, para que não tenha problemas em colocar o OnHub à mostra, onde o router tem melhor desempenho”, refere a empresa no seu blogue.
O aparelho tem um aspecto cilíndrico com uma luz circular no topo. O Google promete um bom desempenho , graças, em parte, às antenas circulares que estão dentro do dispositivo. Segundo a empresa, o aparelho é também fácil de configurar, com instruções simples de perceber e que não requerem conhecimentos técnicos.
Na página de apresentação do OnHub, são destacadas funcionalidades que não são uma novidade neste género de aparelhos: a possibilidade de dar prioridade a um dos dispositivos que esteja ligado (de forma a que este tenha uma ligação mais rápida) e o facto de o router poder ser controlado através de uma aplicação para iPhone ou Android. Em ambos os casos, são opções que já existem em vários modelos no mercado.
O aparelho é fabricado pela chinesa TP-Link, que já comercializa routers de marca própria. No final do ano, serão anunciadas novidades de uma parceria semelhante com a taiwanesa Asus, empresa com a qual o Google já trabalhou várias vezes, incluindo para o fabrico de tablets Android e de computadores portáteis com o sistema operativo Chrome OS. As parcerias do Google com fabricantes de electrónica (que também acontecem nos telemóveis) tipicamente servem para colocar no mercado um produto que sirva de fasquia aos restantes fabricantes.
O OnHub custa 200 dólares (cerca de 181 euros) e é vendido apenas nos EUA e Canadá. Permite que estejam ligados até 128 aparelhos e o Google parece querer garantir que as casas estão preparadas para um cenário de Internet das Coisas, em que vários tipos de dispositivos (de frigoríficos a portas) estão ligados em rede. “Hoje, estamos a usar wi-fi para transmitir e partilhar em mais dispositivos do que alguma vez. Temos portáteis, tablets, smartphones, televisões e até ‘termostatos inteligentes’”, escreveu Trond Wuellner, gestor de produto, numa referência aos termostatos da Nest, uma empresa comprada pelo Google.