Facebook organiza-se por hashtags quatro anos depois do Twitter
Funcionalidade permite agrupar publicações por tópicos e facilita navegação. É usada com sucesso noutras redes sociais.
Quase quatro anos depois, a funcionalidade é muito popular – faz parte do uso comum de redes sociais como o Flickr, o Tumblr, o Google+, o Pinterest, o LinkedIn ou o Instagram. No Twitter, é muita usada para acompanhar o que se está a escrever sobre um acontecimento que está a acontecer nesse momento ou, por exemplo, para nos actualizarmos sobre algo de que tenhamos perdido o fio à meada (por exemplo, na #syria).
O Facebook quer entrar nessa corrida. Atrasado em relação à concorrência (e mesmo a produtos dentro da própria empresa – o Instagram), a mais popular rede social do mundo anunciou nesta quarta-feira que as hashtags passam a ser uma realidade nos seus murais. A funcionalidade será implementada de forma progressiva. Numa primeira fase, será disponibilizada para cerca de 20% dos seus mais de mil milhões de utilizadores.
Quando o sistema estiver totalmente funcional – o que deverá demorar algumas semanas –, ao clicarem nestas palavras-chave os utilizadores serão conduzidos para páginas dedicadas aos tópicos em causa. A possibilidade de clicar nas hashtags – e de obter resposta dessa acção – será, em termos práticos, uma das grandes diferenças a assimilar. Isto porque os utilizadores, habituados a fazê-lo noutras redes, já acrescentam hashtags aos seus posts no Facebook.
No comunicado desta quarta-feira, o Facebook nada diz sobre a possibilidade de destacar tópicos populares no mural ou noutra zona da página – o Twitter, por exemplo, destaca os “assuntos do momento” (trending topics) de acordo com cada utilizador. O que a nota revela é que as hashtags em posts com origem noutros serviços (como o Instagram) vão funcionar no Facebook e que será possível escrever directamente a partir do feed das hashtags.
Visualmente, as hashtags são compostas por um cardinal (#) e uma palavra ou expressão-chave. Começaram a ser usadas pelos cibernautas no IRC para identificar “canais”, mensagens individuais ou tópicos. A forma como são usadas nos nossos dias tem origem no webdesigner norte-americano Chris Messina, que propôs em Agosto de 2007 que as conversas no Twitter fossem agrupadas por tópicos, com recurso a hashtags. O Twitter demorou dois anos a fazê-lo.
Depois de saber que o Facebook iria aderir às hashtags, Chris Messina, funcionário do Google, com responsabilidades no Google+, deu no Twitter as boas-vindas à concorrência.
Guess I got my answer about who's next to adopt #hashtags! Welcome to the #club, @facebook! newsroom.fb.com/News/633/Publi… twitter.com/chrismessina/s…
— Chris Messina™ (@chrismessina) 12 de junho de 2013