Defesa dos EUA financia projecto de controlo de drones com o cérebro

O objectivo é que os aparelhos possam realizar a recolha de informações secretas, operações de vigilância e missões de reconhecimento.

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Actualmente, os drones são pilotados por militares a partir de estações terrestres Don Bartletti/Los Angeles Times/MCT

A equipa do laboratório de sistemas não tripulados da universidade, liderada pelo professor Daniel Pack, considerado um dos nomes mais importantes no país na investigação de sistemas aéreos sem tripulantes como os drones, está a desenvolver um projecto onde os sinais emitidos pelo cérebro de um soldado são utilizados na navegação de um pequeno drone.

O objectivo é que o aparelho possa ser usado em operações militares, como a “recolha de informações secretas, operações de vigilância e missões de reconhecimento”, explica a universidade.

Outra das limitações apontadas pela equipa responsável pelo projecto é que o drone necessita de uma base de comando em terra para receber instruções, o que limita fisicamente qualquer operação militar. A equipa liderada por Pack decidiu recorrer a um novo equipamento de electroencefalograma, que inclui um capacete de eléctrodos, adquirido com o apoio financeiro do Departamento de Defesa norte-americano.

Daniel Pack explicou ao Business Insider que o objectivo é criar um grupo de drones controlado com um simples pensamento. O professor explica que os eléctrodos do capacete colocado na cabeça do utilizador captam as ondas cerebrais, que variam de acordo com o processo de pensamento ou actividades que se exerçam, e que por sua vez estas são traduzidas em comandos para o drone.

Os drones já fazem parte de missões militares de ajuda a civis em zonas de conflitos, como buscas e resgates, análise de condições meteorológicas e vigilância terrestre e marítima.

Recentemente, o Governo britânico confirmou que drones Reaper vão ser enviados para a Síria para participarem nas operações contra o Estado Islâmico, mas sem intervirem militarmente no terreno. O objectivo destes equipamentos, que já estiveram em missão no Iraque, é vigiarem zonas consideradas sensíveis.

O trabalho da equipa da Universidade do Texas tem semelhanças com o projecto europeu BrainFlight que desenvolveu tecnologia para o controlo de um avião através de sinais neurais emitidos pelo cérebro de uma pessoa, sem qualquer outra interferência física.

O BrainFligth pretende que qualquer pessoa consiga pilotar um avião e que, a longo prazo, a pilotagem se torne acessível a mais pessoas.

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