Uma em cada cinco pessoas foi infectada pela gripe suína de 2009

A pandemia de gripe suína que começou em 2009 infectou 20% da população mundial de acordo com um novo estudo. As crianças e os jovens foram a faixa etária mais afectada pelo vírus H1N1.

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O vírus H1N1 matou 0,02% dos infectados, avança o estudo Shannon Stapleton/Reuters (arquivo)

O alerta foi dado em Março de 2009, no México, e em Junho a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarava que o vírus H1N1, que provocou a gripe suína, já era uma pandemia. Durante um ano, a doença terá infectado 20% da população, mostra um estudo publicado agora na revista Influenza and Other Respiratory Viruses.

Segundo este trabalho, a gripe afectou 47% da população entre os cinco e os 19 anos. As pessoas com mais de 65 anos foram os menos afectados, com apenas 11% da população.

O estudo recolheu informação de 19 países – Alemanha, Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Índia, Irão, Islândia, Itália, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Reino Unido, Singapura, Vietname –, além de coligir 24 trabalhos já feitos sobre a gripe suína, onde se estudaram 90.000 análises de sangue recolhidos antes, durante e depois da pandemia.

“Os nossos resultados dão uma visão única do impacto global da pandemia H1N1”, diz o artigo assinado por vários autores, incluindo Antonhy Mounts, director do Programa Mundial de Influenza da OMS.

A pandemia foi identificada em 74 países. Segundo os dados oficiais da OMS, a gripe suína matou 18.500 pessoas, mas um estudo da Lancet de 2012 defende que as mortes rondaram os 280.000.

Segundo o artigo agora publicado, a percentagem de mortes foi de 0,02%. As crianças e os jovens foram os mais afectados, uma característica muito importante nesta estirpe. Normalmente, a gripe afecta pessoas mais velhas. Pensa-se que os idosos, por já terem sido infectados no passado por estirpes de gripe semelhantes ao H1N1, estavam mais imunes à pandemia.

“Ter conhecimento sobre a proporção de população infectada em diferentes faixas etárias e a proporção de mortes nos infectados vai ajudar nos planos [futuros] das autoridades que decidem sobre saúde pública”, disse Antonhy Mounts, citado pela Reuters.

 

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