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TAP suspende voos para Guiné-Bissau após embarque de sírios com passaportes falsos

Companhia diz estar a procurar ligações alternativas.

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Porta-voz garante que problema “não era grave” mas TAP não corre “riscos desnecessários” PÚBLICO

“Perante a grave quebra de segurança ocorrida na fase de embarque do voo da TAP TP202 de Bissau para Lisboa na madrugada do dia 10 de Dezembro, que implicou o embarque de 74 passageiros com documentos comprovadamente falsos, a rota Lisboa-Bissau-Lisboa encontra-se suspensa até uma completa avaliação das condições de segurança no aeroporto em Bissau”, anunciou a TAP em comunicado.

A companhia aérea adianta que está a desenvolver “esforços para minimizar o impacto desta decisão sobre os seus passageiros”, estando a procurar ligações alternativas.

Segundo o PÚBLICO apurou a TAP e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras terão detectado, ainda em Bissau, indícios fortes que apontavam para a falsificação dos documentos de identificação apresentados pelos elementos do grupo, tentando impedir o embarque dos passageiros. As autoridades guineenses terão, contudo, coagido funcionários da transportadora a embarcar os 74 cidadãos sírios, que acabaram por viajar até Lisboa. 

O ministro que tem a função de porta-voz do Governo de transição da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, diz que a decisão de suspender os voos para a capital guineense, a única ligação directa entre Lisboa e Bissau, pode levar a TAP a não voltar a voar para aquele país africano. “A TAP voava para Bissau ao abrigo de um acordo bilateral entre os dois países. Ao denunciar o contrato unilateralmente, não sei se alguma vez voltará a voar para a Guiné”, afirma Fernando Vaz.

O ministro guineense diz que não está surpreendido com esta posição, que atribui em parte ao Governo português. “Do Governo português já esperamos tudo. O conselho de ministros da Guiné voltará a reunir-se amanhã para tomar uma posição sobre o assunto. É lamentável que a TAP misture questões comerciais com questões políticas. A própria companhia aérea já transportou cidadãos de várias origens para a Guiné sem vistos de entrada, e não houve nenhum drama por causa disso”, alega Fernando Vaz. 

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