Sindicato Nacional dos Guardas Prisionais convoca greve para Abril e Maio

Representante da estrutura mais representativa do sector diz-se enganado pelo Ministério da Justiça nas negociações do estatuto profissional dos guardas.

Foto
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional reuniu hoje com o Ministério das Finanças Paulo Pimenta/Arquivo
O presidente do SNCGP, Jorge Alves, disse à agência lusa que na próxima segunda-feira vão entregar o pré-aviso para os dois períodos de greve, convocada para os dias 24 a 30 de Abril e 6 a 11 de Maio.

A paralisação entre os dias 24 e 30 de Abril será de 24 horas, enquanto o segundo período de greve vai ser intercalar, um dia de manhã e o seguinte à tarde, adiantou o presidente do sindicato mais representativo do sector.

A greve foi convocada após uma reunião que hoje decorreu no Ministério das Finanças para discutir o estatuto profissional dos guardas prisionais.

Jorge Alves explicou que há um ano e três meses que o sindicato está a discutir com o Ministério da Justiça o estatuto e “faltavam apenas limar alguns aspectos”.

No entanto, sublinhou, hoje ficou a saber que o Ministério das Finanças desconhecia o documento que estava a ser discutido há mais de um ano e querem iniciar agora as negociações com o sindicato.

 “Fomos enganados pelo Ministério da Justiça”, disse, adiantando que o sindicato encara esta atitude “como um rompimento encapuzado das negociações”.

Jorge Alves relembrou que o sindicato desconvocou uma greve em 2011 após ter recebido a garantia do Ministério da Justiça que as negociações do novo estatuto profissional iam iniciar-se.

O sindicalista considerou o documento como um dos mais importantes para a carreira dos guardas prisionais, sublinhando a necessidade de revisão das carreiras.

Na quarta-feira, o Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional (SICGP) convocou também uma greve de 40 dias, dividida em dois períodos, sendo o primeiro entre 21 de Maio e 9 de Junho e o segundo entre 23 de Julho e 11 de Agosto.

Hoje de manhã, Jorge Alves tinha criticado a marcação da greve de 40 dias pela outra estrutura sindical, numa altura em que os temas invocados ainda estão a ser negociados com o Governo.