Relíquias de São Pedro expostas ao público pela primeira vez

Missa de encerramento do Ano da Fé celebrada neste domingo, no Vaticano

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Numa manhã fria e húmida, diante de dezenas de milhares de seguidores em todo o mundo, o Papa Francisco curvou-se antes do início da cerimónia em frente ao relicário de bronze de 30 cm de comprimento, onde se encontram fragmentos de ossos do apóstolo num pedaço de tecido. No relicário está gravado em latim "Ex ossibus quae in Arcibasilicae Vaticanae hypogeo inventa Beati Petri Apostoli esse puntantur", que significa, "ossos encontrados na Basílica do Vaticano, que são considerados como os do bendito apóstolo Pedro". Após a missa, muitas pessoas passaram diante do túmulo do primeiro apóstolo, por baixo da basílica, para rezarem.

O Ano da Fé foi lançado em Outubro de 2012 pelo Papa Bento XVI, quatro meses antes de sua renúncia, e deu origem a várias celebrações na Praça de São Pedro. Desde então, cerca de 8,5 milhões de pessoas visitaram Roma, segundo o Vaticano.

Os ossos, envoltos por um pano roxo bordado com fios de ouro, foram descobertos durante umas escavações em 1940, sob o pontificado de Pio XII, numa necrópole localizada debaixo da basílica, ao lado de um monumento construído no século IV para homenagear aquele que é considerado o primeiro bispo de Roma. Nunca nenhum Papa testemunhou que os ossos eram autênticos, mas testes científicos indicam como grande a probabilidade de serem os de Pedro. Os ossos foram entregues ao Papa Paulo VI em 1971 e foram mantidos desde então na capela do apartamento papal.

Os cristãos acreditam que o apóstolo Pedro foi crucificado de cabeça para baixo entre os anos 64-70 no circo de Calígula, onde actualmente se encontram os Jardins do Vaticano.
 

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