Portugal acabou 2012 com menos 55 mil residentes

Queda no número de nascimentos e aumentos da mortalidade e da emigração justificam quebra.

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O envelhecimento da população é outra das tendências Rui Gaudêncio

A população residente em Portugal em 31 de Dezembro de 2012 foi estimada em 10.487.289 pessoas, menos 55.109 pessoas do que um ano antes, ou seja, uma taxa de crescimento efectivo de -0,52%. A população cresceu continuamente entre 1992 e 2010, caindo 0,29% em 2011.

Segundo as estimativas de população residente em Portugal do INE em 2012, 5.491.592 eram mulheres e 4.995.697 eram homens.

O número de nascimentos desceu para 89.841, situando-se abaixo dos 90 mil nados vivos pela primeira vez desde que há registos. Por outro lado, os óbitos subiram para 107.598 (mais 4,6% que em 2011, quando ocorreram 102.848), o que representa um saldo natural de -17.757 pessoas.

Também o índice de fecundidade teve no ano passado o valor mais baixo de sempre – 1,28 filhos por mulher – mantendo a tendência de queda observada desde 1995.

Já a esperança de vida continua a subir: 82,59 anos para as mulheres e 76,67 anos para os homens.

Em 2011 e 2012, o país teve saldos migratórios negativos. No ano passado, 51.928 pessoas saíram de Portugal, enquanto 14.606 pessoas imigraram, resultando num saldo migratório de -37.352, superior ao de 2011, quando o saldo foi de -24.331.

No ano passado também houve mais casos de emigração temporária – inferior a um ano: 69.460, contra os 56.980 exemplos registados em 2011.

“As alterações na dimensão e composição por sexos e idades da população residente em Portugal, em consequência da descida da natalidade, do aumento da longevidade e, mais recentemente, do impacto da emigração, revelam, para além do declínio populacional nos últimos dois anos, um continuado envelhecimento demográfico”, refere o relatório do INE.

No ano passado, por cada 100 jovens existiam em Portugal 131 idosos e por cada 100 pessoas em idade activa residiam 29 idosos – um valor que tem vindo a aumentar desde 1991.

Quanto ao mercado de trabalho, o número de pessoas a sair continua a não ser compensado pelo número de pessoas que entra.