Picadas de abelhas e vespas causam mortes todos os anos

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Não há números para os casos de reacções alérgicas mortais em Portugal Pedro Cunha

Apesar de ser uma situação muito rara entre a população geral, as reacções alérgicas por picadas de abelhas e vespas provocam mortes todos os anos, embora não haja em Portugal números concretos, segundo o vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia.

No Verão, com a chegada do tempo quente, os insectos tendem a tornar-se mais agressivos e aumentam também as probabilidades de se ser picado.

João Fonseca avisa que é necessário diferenciar a reacção local a uma picada, que é o que acontece na maioria dos casos, da verdadeira alergia.

“As reacções que requerem cuidados são as sistémicas, para além do local da picada. Podem surgir lesões tipo urticária noutras partes do corpo, tonturas, sensação de hipotensão, olhos congestionados, falta de ar ou peito apertado”, exemplifica o médico.

Quem tenha comprovadamente alergia às picadas destes insectos deve usar sempre um dispositivo de emergência – uma caneta de adrenalina.

O que também “pode salvar vidas”, segundo o alergologista João Fonseca, é a vacina anti-alérgica, que previne reacções futuras, mas só deve ser tomada por pessoal com história de reacções graves e através de prescrição médica.

Salientando que a maioria das pessoas responde à picada das abelhas apenas com uma reacção inflamatória local, o médico lembra que só é necessário procurar cuidados de saúde de urgência quando a reacção for além do local da picada.

Mesmo que a reacção seja exuberante não é considerada uma situação de emergência se for localizada, ainda que possa ter necessidade de ser tratada.

A nível preventivo, a Sociedade Portuguesa de Alergologia recorda que a maioria dos insectos pica quando se sente em perigo e aconselha algumas medidas de protecção, como nunca andar descalço na relva, evitar perfumes ou cheiros activos no campo, afastar-se de contentores do lixo e não fazer movimentos bruscos quando as abelhas ou vespas se aproximam.