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PGR vai investigar denúncia de fuga de informação favorável a Pinto da Costa

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Pinto da Costa Paulo Duarte/Lusa (arquivo)

A edição de hoje do "Correio da Manhã" (CM) avança que a decisão do director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, foi tomada na sequência de uma notícia publicada ontem no mesmo diário, segundo a qual Pinto da Costa foi avisado por um alto funcionário da PJ de que seria detido e alvo de buscas domiciliárias.

De acordo com o mesmo jornal, esse aviso "frustrou a estratégia da investigação, por ter sido o único suspeito a não ser surpreendido pela Polícia Judiciária".

Em declarações ao "Correio da Manhã", ontem à noite, Alípio Ribeiro afirmou: "A Polícia Judiciária não poderia ficar indiferente a uma situação destas, mas também não pode nem deve investigar-se a si própria, até por ser um caso de relevância criminal, mais do que disciplinar".

Segundo Alípio Ribeiro, "não existe na PJ do Porto qualquer processo disciplinar sobre esse caso", o que, em seu entender, "constitui mais uma razão para se actuar".

Alípio Ribeiro disse ainda que quer "tudo esclarecido" porque "a Judiciária não pode pactuar com este tipo de situações, venham de onde vierem".

"Além da eventual violação do segredo de justiça e dos deveres funcionais, estaria assim em causa uma acção contra a realização da própria justiça", acrescentou o director da PJ.

A notícia avançada ontem pelo "Correio da Manhã" foi desmentida pelo ex-director da PJ do Porto Ataíde das Neves, que, em declarações ao "24horas" desmente que Pinto da Costa tenha sido avisado por um inspector da Judiciária de que iria ser detido no âmbito do Apito Dourado.

O juiz Ataíde das Neves, actualmente a exercer funções de desembargador no Tribunal da Relação de Coimbra, garantiu ao "24horas" que se trata de "uma notícia completamente falsa e sem fundamento, baseada num simples boato".