Passos apela aos professores para que canalizem protesto para a greve geral

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Passos fez apelo a professores e sindicatos

"Há uma greve geral que foi marcada para o final do mês. As razões que possam assistir aos sindicatos podem perfeitamente passar para essa greve geral e não para uma greve que tenderá a penalizar sobretudo os estudantes e as suas famílias", afirmou Pedro Passos Coelho.

O chefe do executivo PSD/CDS-PP fez este apelo durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk, com quem esteve hoje reunido na residência oficial de São Bento, Lisboa, durante cerca de uma hora.

Questionado pelos jornalistas sobre a greve dos professores, o primeiro-ministro começou por ressalvar que "o Governo respeita o direito à greve e que respeita as decisões que os sindicatos assumiram de anunciar o pré-aviso de greve".

"Quero aproveitar para apelar aos próprios sindicatos (...) no sentido de não prejudicarem as famílias e os estudantes que têm realmente provas importantes que precisam de prestar e que condicionam de uma forma muito relevante o seu futuro imediato, nomeadamente no que respeita à conclusão do ensino secundário e à sua candidatura ao ensino superior", acrescentou.

As principais razões que levaram os docentes a avançar para a greve prendem-se com a aplicação da mobilidade especial aos docentes e o alargamento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais, medidas que foram aprovadas em Conselho de Ministros na quinta-feira à noite.

Depois de terem anunciado que iriam fazer greve às avaliações (entre os dias 7 e 14 de Junho), e que iriam participar na greve geral de dia 17 (que coincide com o primeiro dia de exames nacionais), os sindicados decidiram quinta-feira alargar a greve por mais uns dias, depois de um dia de negociações falhadas com a tutela.