Número de mestres no desemprego disparou quase 30 vezes em sete anos

Mullheres com ensino superior têm maior taxa de desemprego do que os homens com este grau

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Obrigação de comparecer no controlo quinzenal acaba a partir de Outubro Jorge Silva

Ainda são uma minoria entre os desempregados, mas a crise também não poupou os mestres.
Entre Junho de 2007 e Junho de 2014, o número de inscritos nos centros de emprego de Portugal Continental com mestrado concluído aumentou quase 30 vezes, passando de 351 para 9644.
Apesar deste aumento exponencial, este grupo representava apenas 1,7% do total de desempregados inscritos nos centros de emprego em Junho de 2014. Nessa altura, a percentagem de licenciados no desemprego era de 10,5%. Somando os vários graus do ensino superior estavam então inscritas nos centros de emprego 75020 pessoas com este nível de habilitações.

Já o Instituto Nacional de Estatísticas dava conta da existência de 117 mil desempregados com ensino superior no primeiro trimestre de 2014. Para este total são contabilizadas também pessoas sem trabalho que não estejam inscritas nos centros de emprego, mas a margem de erro é maior uma vez que os resultados são obtidos por amostragem, sendo a informação recolhida por via de entrevistas directas realizadas no âmbito do Inquérito ao Emprego.

Regressando aos inscritos nos centros de emprego, verifica-se que o desemprego é maior entre as mulheres com ensino superior (49999) do que entre os homens com o mesmo nível de habilitação (25021). É uma tendência que se encontra também no conjunto da população desempregada, embora a sua incidência suba nos desempregados com ensino superior. Das 75020 pessoas nesta situação, 66,6% são mulheres, uma percentagem que no conjunto da população desempregada desce para 51,9%.

Por áreas de estudo as que têm maior número de desempregados são as Ciências Empresariais (11766) e Formação de Professores (10333).

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