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Pais de Maddie e Gonçalo Amaral falham acordo

Processo segue para julgamento. Pais da criança inglesa desaparecida em 2007 no Algarve pedem 1,2 milhões de euros ao antigo inspector da PJ por alegada difamação.

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Os pais da criança inglesa chegaram a ser arguidos no caso do desaparecimento da filha AFP

Fonte da defesa disse nesta segunda-feira à agência Lusa que "as partes não chegaram a acordo" e que já pediu "a reactivação da instância" na 1.ª Vara Cível de Lisboa, que terá agora de marcar nova data para o início do julgamento.

A primeira audiência esteve marcada para 24 de Janeiro e, na semana anterior, o juiz deferiu a suspensão do processo, em que os pais de Madeleine pedem uma indemnização de 1,2 milhões de euros por alegada difamação do ex-inspector da PJ.

Nesta acção, que motivou o pedido de arresto de bens a Gonçalo Amaral como medida cautelar, Kate e Gerry McCann reclamam ainda protecção de direitos, liberdades e garantias.

Em processo conexo, a 7.ª Vara do Tribunal Cível de Lisboa decidiu, em Janeiro de 2010, manter a proibição da comercialização do livro Maddie: A Verdade da Mentira, da autoria de Gonçalo Amaral, e do vídeo com o mesmo título, baseado num documentário exibido na TVI.

A proibição do livro e do vídeo, que apresenta a tese de Gonçalo Amaral de envolvimento de Kate e Gerry McCann no desaparecimento da filha com a ocultação do cadáver, tinha sido decretada provisoriamente a 9 de Setembro de 2009.

A 19 de Outubro de 2010, o Tribunal da Relação de Lisboa anulou a decisão da 7.ª Vara Cível, após o qual o casal McCann recorreu para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Em acórdão de 18 de Março de 2011, o STJ confirmou a decisão da Relação.

Madeleine McCann desapareceu a 3 de Maio de 2007, num apartamento de um aldeamento turístico na Praia da Luz, no Algarve, onde se encontrava de férias com os pais e os dois irmãos gémeos. Na altura do desaparecimento, Gonçalo Amaral era coordenador do Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Portimão.

Kate e Gerry McCann, que sempre afirmaram que a criança foi raptada, foram constituídos arguidos em Setembro de 2007. O processo foi arquivado por falta de provas, em Julho de 2008, embora o Ministério Público admita a reabertura se surgirem dados novos sobre o desaparecimento da criança.