“Sei que todas as organizações podem fazer sempre melhor e podem ajustar-se sempre melhor, no sentido de poupar naquilo que não é essencial para ter sempre disponível as condições que são necessárias para as operações”, afirmou Miguel Macedo, no âmbito da cerimónia das comemorações dos 146 anos da PSP/Porto.

Enaltecendo o trabalho desenvolvido pelos elementos da PSP, que “quando asseguram um ambiente de tranquilidade, de ordem pública e garantem que o país é seguro, que é um destino seguro, estão a dar um inestimável contributo a Portugal”, Miguel Macedo afirmou não ter dúvidas de que aquele Comando “não deixará de estar, como sempre tem estado, na linha da frente desse esforço conjunto” que vai ser preciso fazer, “com sensatez e com ponderação, para ultrapassar as dificuldades”.

“Já percorremos um caminho longo […], fizemo-lo com elevadíssimo serviço cívico e de responsabilidade social, no geral”, disse. “Falta-nos um pouco mais e esta parte que falta é um apelo renovado, mas com redobrada esperança e certeza de que vamos conseguir ultrapassar as dificuldades.”

Tolerância zero nos estádios

No seu discurso, o governante frisou que as questões de segurança “são absolutamente estratégicas para o país”, sendo necessário que Portugal continue a ser “um país e um destino seguro”. “Isso é absolutamente fundamental para garantirmos que a actividade económica possa continuar a desenvolver-se em Portugal e possa ser cada vez mais atractiva no nosso país”, frisou.

Para Miguel Macedo, “a visibilidade das forças de segurança é um factor acrescido de tranquilidade para as pessoas”, sobretudo para as mais vulneráveis.

Foi a “relevância que o sector da segurança tem para o Governo” que fez com que “diversa legislação relevante tivesse ocorrido”, disse, em especial as leis relacionadas com o vandalismo urbano, controlo e fiscalização de animais perigosos e também com recintos desportivos.

Com a nova época de futebol a arrancar este fim-de-semana, Miguel Macedo pediu tolerância zero aos agentes da PSP, quanto às regras de segurança nos recintos.

“Quero chamar a atenção para as regras que estão contidas na legislação, que são e devem ser para cumprir”, referiu.

O governante salientou que a utilização de “artefactos pirotécnicos” nos estádios de futebol “põe em causa a integridade física” de quem os frequenta.

“Queria pedir que não desvalorizem esses perigos, porque esses perigos são reais, efectivos e foram eles que determinaram estas alterações legislativas”, concluiu.