Ministro atribui demissões na saúde a “período eleitoral”

Paulo Macedo está a ser ouvido no Parlamento sobre política geral de saúde.

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Trabalhadores exigem reunir-se com o ministro Paulo Macedo Daniel Rocha

Paulo Macedo, que está a ser ouvido no Parlamento, em resposta à deputada do PS Luísa Salgueiro, disse não perceber como é que os socialistas falam das demissões. O ministro disse que “no primeiro click na Internet” encontrou à cabeça notícias sobre saídas no tempo de Correia de Campos e de Ana Jorge, nomeadamente nos Hospitais da Universidade de Coimbra, Faro e centros de alcoologia. “As demissões não são naturais, desejáveis e corriqueiras, apesar de pelos vistos periodicamente acontecerem. Em períodos eleitorais as coisas extremam-se mais”, ilustrou Macedo.

A terceira audição regimental da equipa de Paulo Macedo arrancou com uma exposição em que o ministro fez um balanço do que a tutela tem vindo a fazer. O governante adiantou que “tudo indicia o fim da gripe” e que nesta semana o número de óbitos no país já não deverá ficar acima do normal para esta época do ano, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Depois, Macedo citou a abertura e conclusão de vários concursos para contratação de médicos e de enfermeiros e retomou o tema do diploma recentemente aprovado para dar incentivos aos médicos que aceitem ir trabalhar para o interior ou para unidades que distem mais de 60 quilómetros do actual local onde trabalham. Ainda assim, o ministro reconheceu a dificuldade que existe em concluir concursos na área da medicina geral e familiar, onde admite que há um milhão de portugueses sem médico de família – quando essa era uma das suas principais bandeiras. “Há menos milhão sem médico de família do que acontecia em 2010”, ressalvou ainda assim Macedo, dizendo que até ao final do ano espera dar um médico a mais 500 mil portugueses, ficando mesmo assim meio milhão de fora.

O ministro da Saúde considerou que muitas destas reformas que está agora a fazer não poderiam ter sido feitas durante o período de assistência financeira, atribuindo ao “pós-troika” a possibilidade de ter mais “folga orçamental”.

 

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