Ministra garante justiça no caso da advogada morta em Estremoz

Causídica foi espancada por marido de uma mulher que tinha pedido ajuda para iniciar um processo de divórcio.

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Paula Teixeira da Cruz defende uma “melhor protecção do advogado” Nuno Ferreira Santos

Natália de Sousa, 50 anos, foi violentamente espancada na tarde de terça-feira por um homem, de 52 anos, comerciante de profissão, quando se encontrava no seu escritório em Estremoz.

A advogada representava a mulher do indivíduo no processo de divórcio, que o homem sempre recusou, chegando a ameaçar a companheira e Natália de Sousa caso este avançasse, a última vez na manhã de ontem. Na origem do pedido de divórcio da companheira do homicida estavam as agressões físicas de que afirmava ter sido alvo do marido.

A vítima foi transportada para o centro de saúde local, mas não resistiu aos ferimentos graves que sofreu na cabeça.

O homicida foi detido junto ao escritório da advogada e terá confessado de imediato o crime. O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária.

A ministra da Justiça manifestou, entretanto, o seu “pesar e consternação” pela morte da advogada, que cumpria o seu dever, “defender o cidadão”.

“Lamento a morte da senhora dra. Natália de Sousa, no desempenho da profissão que abraçou, tornando-se alvo dos que desprezam a verdade e a Justiça. Justiça que se fará”, escreveu Paula Teixeira da Cruz num comunicado divulgado pelo ministério.

Aos “colegas de profissão” e à Ordem dos Advogados (OA), a ministra manifestou ainda a sua “profunda solidariedade”, apelando a um trabalho conjunto para a “melhor protecção do advogado”.

Numa nota em que manifesta o voto de pesar, a OA indica que "dadas as condições em que ocorreu a morte" de Natália de Sousa e por respeito à família, a bastonária "não irá prestar declarações à comunicação social". 

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