Ministério da Saúde poupou 11 milhões só em impressoras e software com compras centralizadas

Poupança só em toners nos organismos centrais e administrações regionais de saúde foi de quase 5,5 milhões. Electricidade é o próximo sector em que Paulo Macedo quer actuar.

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A tutela tem renegociado preços de medicamentos, dispositivos e outroa serviços Fernando Veludo

Nesse mesmo encontro, os números apresentados por Paulo Macedo apontam para que os gastos com toners tenham caído, assim, 67% e 31% com as licenças de software. Porém, o potencial de poupança será ainda maior, visto que nestas compras centralizadas foram apenas incluídas as administrações regionais de saúde (que englobam os centros de saúde) e as estruturas centrais do Ministério da Saúde, mas não os hospitais. Ainda no âmbito das compras centralizadas, a tutela conseguiu poupar 0,2 milhões de euros em comunicações móveis (o que corresponde a menos 46%).

Já em prestação de cuidados mais directas, a central de compras conseguiu poupar 2,2 milhões de euros em vacinas (menos 13%). Já as negociações para os contraceptivos permitiram reduzir a factura em 1,3 milhões de euros (o que representa uma descida de 14% dos custos totais). Estas poupanças juntam-se ao investimento na política do medicamento, com o Serviço Nacional de Saúde a conseguir ver o preço de alguns medicamentos a ser reduzido em 70% e em muitos outros em mais de 50%.

Aliás, este sector tem sido uma das reformas estruturais de Paulo Macedo, que estima chegar ao final do ano com uma poupança de 100 milhões de euros em comparticipações no Serviço Nacional de Saúde, comparativamente ao valor gasto em 2012.

Ainda no âmbito das compras centralizadas, a tutela quer abrir um concurso para a aquisição de electricidade para todos os estabelecimentos, depois de constatar que há hospitais a pagar cerca de 0,06 cêntimos por quilowatt-hora (kWh) enquanto outros pagam 0,14, com uma média nacional a ficar nos 0,09. Só nesta área estima-se uma poupança anual de cinco milhões de euros adicionais.

Já em Maio o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, tinha avançado em primeira mão ao PÚBLICO algumas medidas do plano de eficiência energética do Ministério da Saúde que passavam por reduzir ainda em 2013 em cerca de 10% os consumos de gás e de electricidade e 5% o de água, o que se traduziria numa poupança de mais de 11 milhões de euros.

Os custos com electricidade, gás e água pesam cerca de 130 milhões no orçamento do Serviço Nacional de Saúde – tanto como o que é arrecadado com as taxas moderadoras. Até 2015, a meta para a electricidade e gás passa para uma redução de 15% e a da água e resíduos para 10%.

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