Ministério da Educação recusa fazer leituras descontextualizadas dos rankings das escolas
David Justino, presidente do Conselho Nacional de Educação, pede ao MEC que revele mais informação.
“A interpretação que para nós tem importância fazer é comparar as escolas que actuam em contextos semelhantes. A importância retira-se das boas práticas que alguns possam ter introduzido, para que essas boas práticas possam ser do conhecimento das outras escolas que actuam em contextos semelhantes”, disse Casanova de Almeida, à margem da sessão de abertura das Jornadas de Autonomia, organizadas pela Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares na Escola Secundária Inês de Castro, em Vila Nova de Gaia.
Para David Justino, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), o Ministério da Educação e Ciência (MEC) deve proporcionar "melhor informação e mais detalhada" na divulgação dos rankings de estabelecimentos de ensino: "Tem de haver a publicação desta informação, mas o ministério tem de proporcionar melhor informação, mais detalhada, até para que se possa fazer o cruzamento de variáveis e se possam ter leituras mais complexas" dos resultados obtidos pelas escolas, disse à agência Lusa.
"A injustiça não está no ranking, mas nas leituras que se fazem, muitas vezes precipitadas, desses rankings. É como as anedotas picantes, a maldade está sempre em quem ouve nunca está em quem diz", acrescentou.
No dia em que assinou mais 28 contratos de autonomia, perfazendo um total superior a 170 agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas, Casanova de Almeida defendeu a ideia de que “o caminho da autonomia” será exactamente o do desenvolvimento de “metodologias de trabalho verdadeiramente adaptadas ao contexto” de cada escola. "Um dos objectivos é que as escolas percebam que podem actuar de uma forma diferenciada, com muito mais flexibilidade, mesmo a nível curricular, quando estabelecem contratos de autonomia”, explicou.
Até ao final do ano, mais 52 escolas vão assinar contratos com o MEC, conseguindo-se nessa altura ter “quase 30% dos agrupamentos com autonomia”. Os directores das escolas vão ter acesso a “formação na área financeira”, ainda este ano, e também a cursos de liderança, no decorrer do presente ano lectivo.
Especial Rankings em http://www.publico.pt/ranking-das-escolas
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