Menos colocados na 2.ª fase de acesso ao ensino superior apesar do aumento de candidatos
Há 8600 novos estudantes com um lugar no ensino superior, o que corresponde a uma quebra de 7% face a igual período do ano anterior. Ainda sobram 9000 vagas nas universidades e politécnicos
Ao todo, foram colocados na 2ª fase do concurso nacional de acesso 10.492 estudantes, de acordo com os resultados divulgados pelo MEC. Destes, 8.602 são novos colocados, ao passo que os restantes são alunos que já tinham encontrado uma vaga na 1ª fase, mas preferiram candidatar-se agora a um curso superior diferente. Em qualquer dos casos, o concurso sofre uma redução do número de colocados em relação ao ano anterior.
Há um ano, encontraram uma vaga no ensino superior, nesta fase do processo, 11.486 estudantes, o que corresponde a mais 994 (8,7%) alunos do que este ano. Se a análise se centrar apenas nos novos colocados, a redução é inferior (6,6%), uma vez que há um ano houve mais 609 estudantes colocados na 2ª fase. Estes resultados contrariam o sucedido na 1ª fase do concurso nacional de acesso, cujos resultados foram conhecidos no início do mês, que teve um total de 37.778 colocados, mais 363 do que em igual período do ano anterior.
Esta redução no número de colocados acontece apesar do aumento do número de candidatos. A 2ª fase tinha mantido a tendência da primeira, com um incremento de 5% de estudantes que pretendiam ingressar no ensino superior. Ao todo, inscreveram-se 18.382 estudantes, mas 101 foram excluídos por não cumprirem os preceitos legais necessários a participarem no concurso. Estes números elevam para 49.694 o total de candidatos ao ensino superior até este momento.
Os estudantes agora colocados devem matricular-se na respectiva instituição de ensino superior a partir desta quinta-feira. O prazo de inscrição termina na segunda-feira, 29 de Setembro.
O curso que colocou mais estudantes na 2ª fase do concurso foi Direito da Universidade de Lisboa, com 89 novos alunos. Seguem-se Engenharia Electrotécnica e de Computadores do Politécnico do Porto (87 colocados), Engenharia Informática do Politécnico de Coimbra (85) e Gestão da Universidade de Lisboa (73).
Segundo os dados do MEC, 4.439 dos 37.778 estudantes colocados na 1ª fase não se matricularam. As vagas libertadas foram colocadas a concurso na 2ª fase, juntamente com as vagas sobrantes da 1ª fase. Apesar da diminuição do número de colocados, há este ano menos vagas sobrantes do que no concurso do ano passado, por via da diminuição no número de vagas verificado logo no início do concurso. Ainda assim, há 9006 lugares ainda por preencher nas universidades e politécnicos.
Entre as formações superiores com mais vagas sem estudantes colocados no final da 2ª fase assumem especial destaque os cursos de engenharia, que ocupam as primeiras 20 posições da lista. O curso com mais lugares ainda vazios é o de Engenharia Electrotécnica do Politécnico de Lisboa, com 105 vagas por ocupar. Engenharia Civil na Universidade de Coimbra (99 vagas), Engenharia Mecânica no Politécnico de Lisboa (98), Engenharia Civil no Politécnico do Porto (80) e Engenharia Civil no Politécnico de Lisboa (74) surgem logo a seguir.
Estas instituições podem agora decidir se abrem ou não vagas para uma 3ª fase do concurso, cuja lista de vagas será conhecida dentro de uma semana, a 2 de Outubro. O período de candidaturas prolonga-se pelos quatro dias seguintes. Os resultados serão conhecidos a 10 de Outubro, mas o processo só estará totalmente concluído no final do próximo mês, quando terminar o prazo de decisão sobre as eventuais reclamações referentes à 3.ª fase do concurso nacional.