À saída de uma audição parlamentar, Miguel Macedo reconheceu que o processo foi espoletado “por uma auditoria” que solicitou à Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) de que depois resultou uma “participação” sua ao Ministério Público.

“A Inspecção-Geral fez aquilo que devia fazer”, disse o ministro, depois de ter frisado a sua política de “reforçar os meios e recursos” afectos à IGAI. “Nós temos mecanismos de auditoria e esses mecanismos foram mesmo alargados”, afirmou Macedo, escusando-se ainda a tecer mais comentários sobre o processo em particular por se encontrarem em curso “actos judiciais”

O ex-director-geral é ouvido nesta quarta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal a próposito de suspeitas de corrupção em contratos assinados pelo dirigente público que cessou funções há menos de três meses. Em causa está o recurso em abundância ao ajuste directo para obras em instalações do MAI, nomeadamente da PSP, SEF e GNR. Além das buscas realizadas na direcção-geral, foram também realizadas acções em empresas de construção civil.