Relógios atrasam este domingo e fixam-se na “hora de Inverno” para os próximos cinco meses

Quando forem 2h da madrugada de domingo, relógios atrasam uma hora no continente e na Madeira. "Hora de Verão" regressa a 30 de Março.

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Todos os 28 países da União Europeia mudam de hora este fim-de-semana JEFF PACHOUD/AFP
Num fim-de-semana que vai continuar a ser de tempo quente, embora com uma ligeira descida da temperatura máxima, no sábado, e da mínima, no domingo, Portugal entra na “hora de Inverno” por cinco meses e volta a estar alinhado com o tempo universal (tempo médio de Greenwich), como está sempre nesta altura do ano.

Assim, neste fim-de-semana, os relógios atrasam 60 minutos às 2h da madrugada de domingo em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, passando para a 1h, explica o Observatório Astronómico de Lisboa na sua página na Internet. Na Região Autónoma dos Açores a mudança será feita à 1h00 da madrugada de domingo, dia 26 de Outubro, passando para a meia-noite (00h). A 30 Março de 2015, a hora será novamente adiantada 60 minutos e Portugal regressará então à “hora de Verão”.

A decisão de mudar a hora é política e abrange quase todos os países da Europa e 110 países no mundo. Em 1981, adoptou-se a primeira directiva comunitária nesse sentido. A medida generalizou-se na década de 1970, com o choque petrolífero. O objectivo era poupar o máximo possível de energia.

A Rússia por exemplo, que também adoptava a medida, deixou de o fazer em 2011, por decisão do Presidente Dmitri Medvedev. O país, com 11 fusos horários, mantém durante todo o ano a hora de Verão para proteger os russos de factores que lhes “destabilizam o ritmo biológico”, disse na altura Medvedev.

Alguns países do Leste e a Islândia também não o fazem, tal como a grande maioria dos países do continente africano. O mesmo acontece na Ásia, onde apenas cinco países mexem nos relógios, e na Oceânia. Do outro lado do mundo, no continente americano, há mais países que também têm hora de Inverno e de Verão mas, ainda assim, com excepção da Europa, são mais os que não mudam do que os que mudam.

Na Europa, a norma começou na altura da I Guerra Mundial e teve como objectivo poupar combustível numa altura em que este era racionado, um objectivo reforçado, na década de 1970, com o choque petrolífero e a crise, quando era prioritário poupar energia.

Em Portugal, em 1992, o Governo então chefiado por Cavaco Silva adoptou o horário da Europa central, mas a opção foi muito criticada, porque no Inverno o sol nascia muito tarde e, no Verão, era de dia até depois das 22h. A partir de 1996, o Governo chefiado por António Guterres voltou ao antigo método.

com Lusa

 

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