Exames do 4.º ano vão ser vigiados por dez mil professores

A maior parte dos alunos fará exame numa escola que não é a sua.

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Cerca de 107 mil alunos do 4.º ano vão fazer exame na terça-feira DANIEL ROCHA

Em cada sala estarão dois professores desconhecidos dos alunos que vão fazer a prova, uma vez que as regras dos exames obrigam a que esta vigilância seja feita por docentes de outros ciclos de ensino e de disciplinas diferentes à dos exames que estão a ser realizados.

Por essa razão, a maior parte dos quase 107 mil alunos do 4.º ano vão realizar as provas em escolas diferentes das que frequentam já que nestas só existem professores do 1.º ciclo. Os exames serão realizados em 1153 escolas e nalguns casos os alunos serão obrigados a percorrer muitos quilómetros para chegarem às escolas do 2.º e 3.º ciclo ou secundárias escolhidas para esta operação. Os transportes serão assegurados pelos municípios.

“A deslocação de alunos é uma prática que não é nova nem decorre da realização das provas finais, porquanto já vinha sendo adoptada em anos anteriores, quando da realização das provas de aferição”, garante o Ministério da Educação e Ciência, acrescentando que em caso de necessidade os diretores poderão optar por medidas alternativas, como “a deslocação de professores em vez de alunos”.

Na estreia dos exames do 4.º ano, as provas contarão 25% para a nota final. No próximo ano, o peso dos exames já será de 30%, como acontece nos outros anos do básico e secundário sujeitos a provas finais. As provas do 4.º ano serão corrigidas por cerca de sete mil professores e os resultados afixados a 12 de Junho. Os alunos que reprovem podem repetir os exames em Julho e contar para o efeito, se os pais assim o quiserem,  com quase um mês de aulas suplementares.