Estudantes protestam contra fecho de cantina da Universidade de Lisboa
Três dezenas de estudantes universitários prometem continuar na cantina até que algum representante da reitoria do ISCTE apareça no local.
João Mineiro, da Associação Académica (AA) do ISCTE, assegurou que “a decisão foi tomada nas costas dos estudantes”, já que, “em nenhum momento do processo, a AA foi ouvida”. A representar a Associação Académica da Universidade de Lisboa, José Pereira considerou o fecho da cantina “uma solução errada” e destacou a “política de não negociação do reitor do ISCTE”.
Os estudantes prometem ficar na cantina até o reitor do ISCTE, Luís Reto, se deslocar ao local para ouvir o protesto. Durante a hora de almoço, o chefe de gabinete do reitor da Universidade de Lisboa esteve no local e discutiu a questão com os manifestantes. “Fizemos todos os esforços para envolver os alunos do ISCTE”, afirmou.
O representante do reitor disse que o fecho da cantina “não é um dado absoluto”, mas perante as questões dos manifestantes preferiu destacar o programa de alimentação que "prevê um aumento do número de refeições disponibilizadas aos alunos e que servirá de alternativa ao encerramento da cantina".
Porém, a UL enviou, na última semana, um comunicado aos alunos a certificar o fecho da cantina: “Finalmente, proceder-se-á ao encerramento da cantina da Avenida das Forças Armadas, uma vez que esta é muito pouco utilizada pelos estudantes da UL e de Lisboa.”
Sobre o despedimento das funcionárias da cantina, que pertencem a uma empresa privada, o representante do reitor considerou “essa abordagem" como "uma forma de inclinar a questão” e vincou: “Não é uma questão que esteja em cima da mesa."
Ao protesto juntou-se o deputado do BE Luís Fazenda que sublinhou o “desentendimento” entre as universidades e descreveu o fecho da cantina como uma “punição” que ocorreu porque “uma instituição não quer e a outra não pode”. Na manifestação estiveram também presentes membros do movimento Precários Inflexíveis.