Estado gasta 572 mil euros por dia com todos os reclusos

Este ano suicidaram-se seis presos, menos dez do que no ano passado. Fugas também diminuíram.

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Serviços prisionais não têm registo de motins este ano Paulo Ricca/Arquivo

O custo diário de cada recluso é um valor médio e é determinado pela soma das despesas com pessoal (guardas prisionais e pessoal administrativo), aquisição de bens (alimentação) e serviços e outras despesas correntes.

Até 15 de Agosto, a DGRSP regista um universo de 14.268 reclusos (quase 95% são homens), incluindo 158 inimputáveis (menores de 18 anos ou com anomalias psíquicas), que se encontram em instituições psiquiátricas não-prisionais. Àquela data, a taxa de ocupação das prisões era de 166,8%.

Deste total de presos, 2601 encontram-se em regime de prisão preventiva (18,40% do universo dos reclusos em Portugal), sendo que 1990 aguardam julgamento e 692 esperam o trânsito em julgado de sentenças. Um total de 10.964 são presos condenados (81,6%), 545 dos quais em regime de prisão em dias livres (fins-de-semana).

Em 31 de Dezembro de 2012, as prisões portuguesas tinham menos reclusos do que actualmente, fixando-se o total em 13.614.

A DGRSP revela ainda que este ano, até 20 de Agosto, suicidaram-se seis presos, menos dez do que no ano passado. Este ano há também menos fugas: quatro, sendo que todos os presos evadidos foram recapturados, enquanto no ano passado fugiram 23, estando ainda a monte quatro.

Não há registo de motins mas entre 1 de Janeiro e 1 de Agosto houve 16 agressões a guardas prisionais, levadas a cabo por reclusos. No mesmo período, os serviços prisionais confiscaram 32 armas brancas, das quais 20 eram de concepção artesanal, e ainda quase seis quilos de droga.