Estudo sugere que Erasmus reduz para metade probabilidade de desemprego de longa duração
Comissão Europeia analisou impacto do programa com entrevistas a 57 mil jovens para preparar a estratégia da nova versão, a lançar em Setembro, e que contará, até 2020, com 14.700 milhões de euros e quatro milhões de alunos.
Esta é uma das conclusões de um estudo de impacto sobre o programa europeu Erasmus para a mobilidade de estudantes e docentes, realizado a partir de entrevistas a cerca de 57.000 jovens, que a Comissão Europeia prevê publicar no final de Setembro, informaram fontes comunitárias citadas pela agência noticiosa Efe.
O estudo "demonstra que os [estudantes] Erasmus se saem melhor no mercado laboral" e que "têm metade das probabilidades de ser desempregados de longa duração em comparação com os [estudantes] que não vão para o estrangeiro".
As mesmas fontes também asseguram que os jovens que usufruem deste tipo de bolsa "regressam aos países de origem não só mais seguros e mais tolerantes em relação a outras culturas, como também mais curiosos, com mais possibilidades de resolver problemas, com melhores habilitações organizativas e maior facilidade para se adaptarem de forma rápida a novas situações".
O estudo é o primeiro que analisa com tanto pormenor as repercussões de sair para o estrangeiro com uma bolsa de Erasmus, e baseia os resultados numa avaliação dos próprios participantes, que analisam o seu comportamento, atitude e habilidades, antes e depois da experiência. Assim, este estudo "fornece resultados mais fiáveis que outros anteriores", referem as mesmas fontes.
Os últimos dados do programa Erasmus, referentes ao curso 2012/2013, demonstram que a iniciativa não perdeu interesse com o passar dos anos, já que o número de participantes superou os 268 mil, mais 6% que no curso anterior e um novo máximo histórico.
No ano lectivo 2012/2013, Espanha voltou a ser o país da União Europeia (UE) que mais estudantes enviou para o estrangeiro via Erasmus.
Em Setembro estreia-se o novo Erasmus, que durará até 2020 e oferecerá a mais de quatro milhões de europeus oportunidades para estudar, formar-se, fazer estágios laborais e realizar actividades de voluntariado no fora dos seus países.
Em termos orçamentais, o programa contará com 14.700 milhões de euros, mais 40% que o actual. Segundo fontes comunitárias, o impacto do novo orçamento será sentido a partir de 2016, enquanto nos anos anteriores será similar ao existente na actualidade.
Comentários
Últimas publicações
Tópicos disponíveis
Escolha um dos seguintes tópicos para criar um grupo no Fórum Público.
Tópicos