Duarte Lima terá recebido um milhão na compra de submarinos
O mesmo jornal avança que Duarte Lima e o contra-almirante foram esta semana constituídos arguidos pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), na sequência do cruzamento de informações das operações Furacão, Rosalina Ribeiro e Monte Branco.
O social-democrata é suspeito de crimes de branqueamento de capitais, tráfico de influências e fraude fiscal. O Sol escreve que já foi aberto um novo inquérito relacionado com o montante que Lima terá recebido na sequência da compra de dois submarinos e que nunca terá declarado ao Fisco.
O dinheiro era proveniente de paraísos fiscais que estavam em nome de Rogério d’Oliveira e entrou numa conta de Lima no UBS, criada em 1999. Foi a esta mesma conta que as autoridades brasileiras alegam que foram parar os 5,5 milhões de euros que terão sido o móbil do homicídio de Rosalina Ribeiro, viúva de Lúcio Tomé Feteira.
Duarte Lima, no âmbito da operação Monte Branco, foi identificado como um dos principais clientes das duas maiores redes de branqueamento de capitais e fraude fiscal em Portugal e que eram lideradas por ex-funcionários do UBS. Com a operação Furacão os investigadores conseguiram chegar ao titular da conta sediada numa offshore: Rogério d’Oliveira.
O nome do contra-almirante tinha já sido associado ao caso dos submarinos no âmbito da investigação que a Alemanha desenvolveu à empresa Ferrostaal, devido ao suposto pagamento de subornos para aquisição de equipamento militar de vários países. A Portugal foram vendidos por 1200 milhões de euros os submarinos Arpão e Tridente, quando o ministro da Defesa era Paulo Portas – actual ministro dos Negócios Estrangeiros.