Direcção-Geral de Saúde espera 20 mil abortos a pedido por ano

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S. Francisco Xavier é um dos quatro hospitais públicos que não praticará a IVG Pedro Valdez/PÚBLICO

O director-geral de Saúde disse que, dentro de cinco anos, pretende reduzir "ao mínimo possível" o número de abortos a pedido da mulher em Portugal, mas não especificou qual a meta a atingir, uma vez que são necessárias análises a realizar durante a aplicação de um novo programa de planeamento familiar.

Em conferência de imprensa, Francisco George divulgou a lista dos 38 hospitais públicos e duas clínicas privadas no continente que estão prontos para realizar abortos a pedido da mulher.

De fora desta lista, ficam o hospital da Guarda, o de Matosinhos, o de Évora e o São Francisco Xavier, em Lisboa.

No entanto, Francisco George sublinhou que se trata de uma "rede flexível" que pode ir sofrendo alterações, mediante a disponibilidade dos hospitais.

Nos Açores, o hospital do Faial é o único das três unidades que está preparado para realizar a IVG.

Quanto à Região Autónoma da Madeira, a lei não será aplicada porque o governo regional decidiu esperar que o Tribunal Constitucional se pronuncie sobre o diploma.

Francisco George contou na conferência de imprensa que o director regional da Madeira se escusou a participar nas reuniões preparatórias do processo de aplicação da IVG até às 10 semanas, ao contrário do seu homólogo açoriano.