Bancos alimentares dão 113 toneladas de alimentos por dia e pedidos não param de aumentar
Hoje é apoiado mais do dobro das pessoas de há uma década, segundo dados divulgados a propósito da campanha de recolha deste fim-de-semana.
“Temos um crescimento do número de pedidos directos, mas temos também um grande crescimento dos pedidos por parte das instituições, que nos pedem o reforço do cabaz mensal que lhes é entregue, porque têm mais dificuldades; por outro lado, os bancos tiveram menos doações da indústria agro-alimentar, que redimensionou a sua produção devido à quebra do consumo em Portugal”, explica Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
“Todos sabemos as circunstâncias críticas em que muitos portugueses vivem hoje no que toca a carências alimentares”, diz Jonet em comunicado. “Mas também sabemos que é nestes momentos que a solidariedade cumpre ainda mais decisivamente o seu papel.” O apelo é feito a poucos dias de se iniciar mais uma campanha de recolha de alimentos nos supermercados (acontece no sábado e no domingo).
O número de pessoas apoiadas pelo Banco Alimentar Contra a Fome mais do que duplicou numa década. No ano passado, foram distribuídos alimentos a 389 mil pessoas, através de 2221 instituições – em 2003, tinham sido 189.152 os beneficiários.Já as doações aumentaram entre 2008 (17.406 toneladas) e 2011 (30.261 toneladas), mas começaram a diminuir em 2012 (28.323 toneladas).
A campanha deste fim-de-semana envolve 40 mil voluntários em 20 regiões do país, que estarão à porta de 1895 estabelecimentos comerciais.
Na última campanha realizada, os Bancos Alimentares contra a Fome conseguiram recolher um total de 2445 toneladas de géneros alimentares.