Arcebispo do Luxemburgo pede auxílio para novos emigrantes portugueses
“Neste momento em que a situação económica de Portugal é grave, a carência leva-nos, de novo, à emigração. (...) Vós, os emigrantes de longa data, ide em auxílio dos vossos irmãos e irmãs que continuam a chegar aos novos países”, apelou Jean Claude Hollerich.
O prelado do Grã-Ducado desafiou ainda os emigrantes a partilhar “o amor de Deus” com a população do país de acolhimento, “com os belgas, com os franceses, com os alemães, com os suíços, com os luxemburgueses” e a “perdoar-lhes os seus defeitos”.
Jean-Claude Hollerich lembrou os emigrantes que a sua experiência pode ser importante no acolhimento da nova geração, já que eles sabem o que é “estar afastado de tantas pessoas queridas (…), ser olhado de lado (…) e até, por vezes, discriminado”.
Por outro lado, salientou que “a emigração é uma experiência que nos muda para sempre” e lembrou os católicos que vivem fora de Portugal para não se centrarem “apenas nas questões económicas” e a não hesitarem em ajudar as pessoas mais pobres.
“Não tenhais medo de vos mostrardes como cristãos. Fazei por manter os vossos hábitos de oração, por manter as vossas procissões e a vossa devoção a Nossa Senhora de Fátima”, acrescentou, garantindo que desta forma os emigrantes nunca estarão sós, “pois a Igreja de Cristo é una e indivisível”.
Isto porque “o que nos isola realmente é o pecado, é aquilo que nos separa da vida e do autor da vida; é o materialismo, é a cultura que gira em torno do dinheiro que nos isola”, concluiu.
O arcebispo que preside à peregrinação internacional de agosto disse ainda às milhares de pessoas que participavam na missa no recinto do Santuário de Fátima que não imitassem “o materialismo” e a “cultura de secularização” que diz serem vividos nesses países.