Segundo uma fonte hospitalar citada pela agência Lusa, as jovens, com idades entre os 13 e os 15 anos, estiveram durante a sua permanência no hospital “clinicamente estáveis e em observação” no serviço de pediatria.

Na sexta-feira à tarde, quando foi dado o alerta, as três adolescentes encontravam-se num café, junto ao terminal rodoviário. Foram então transportadas por operacionais dos bombeiros de Beja para o hospital.

Um residente em Beja que assistiu as jovens contou ao PÚBLICO que tanto ele como outras pessoas ficaram “perturbados” quando as viram “em muito mau estado”, pedindo ajuda a quem passava na Rua Cidade de S. Paulo. Uma sua vizinha informou-o que as jovens tinham ingerido “porcarias” compradas numa loja que vende as chamadas “drogas legais”, localizada num centro comercial próximo do local onde as adolescentes foram encontradas.

A PSP de Beja, que tomou conta da ocorrência, vai tentar apurar onde e em que circunstâncias foram adquiridas as substâncias que consumiram, visto que a lei não permite a venda destas drogas a menores.

Ao PÚBLICO, Graça Fortunas, porta-voz do hospital, disse que esta não é a primeira vez que surgem no Serviço de Urgência jovens intoxicados com o mesmo tipo de substâncias e com o mesmo tipo de sintomatologia.

As três jovens frequentam uma escola secundária de Beja. No estabelecimento de ensino são frequentes casos de consumo de produtos adquiridos naquela smart shop, que fechou após uma denúncia e consequente intervenção da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), mas depois voltou a abrir.