Acidente com helicóptero de combate a fogos faz dois feridos em Ponte de Lima
Aeronave vinha de um incêndio em Valença rumo a Arcos de Valdevez.
O helicóptero – um Ecureil AS-350 B3 – vinha do combate a um incêndio em Valença. O fogo já estava dominado e o trabalho dos bombeiros concluído. A aeronave seguia para Arcos de Valdevez, onde ficava baseada.
Quando sobrevoava o concelho de Ponte de Lima, teve um problema ainda não identificado pela Protecção Civil e acabou por vir ao chão, na localidade da Lapa, freguesia de Refoios do Lima.
O helicóptero levava o piloto e cinco elementos de combate aos fogos. Dois dos seis ocupantes sofreram ferimentos ligeiros.
A Autoridade Nacional de Protecção Civil não considerou o acidente como uma queda. “Não sabemos qual foi o evento que forçou a aeronave a vir ao chão”, disse Joaquim Moura, 2.º comandante operacional nacional da Protecção Civil.
Em comunicado enviado entretanto às redacções, a Protecção Civil qualificou o acidente como "uma aterragem de emergência numa estrada".
Joaquim Moura disse que os feridos foram assistidos no local pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
"Os dois feridos leves foram assistidos no local por uma equipa do INEM. O militar do GIPS foi evacuado por necessidade de concluir os curativos administrados localmente. Os restantes elementos foram transportados, via terrestre, para a ULSAM de Viana do Castelo apenas por precaução", acrescenta a mesma nota.
A Protecção Civil finaliza o comunicado a indicar que se "desconhecem as causas do sucedido, que irão ser apuradas no decurso das investigações a terem lugar".
O mesmo diz a empresa de aviação privada Everjets, responsável pela aeronave, que anunciou que vai abrir "de imediato" um inquérito para averiguar as causas do incidente.
Em comunicado, a Everjets adianta que os motivos desta aterragem de emergência são ainda desconhecidos.
No mesmo comunicado, a Everjets garante que "o dispositivo de combate aos incêndios não será afectado por este incidente, visto que possui aeronaves de reserva para colmatarem este tipo de problemas".
O acidente representará mais percalço nos meios aéreos destinados aos incêndios florestais este ano. O período mais crítico dos fogos, de Julho ao final de Setembro, começou com três helicópteros pesados Kamov a menos. Dois entretanto foram reparados.