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Vitorino e Durão vão discutir Grécia, terrorismo e Médio Oriente em Bilderberg

O clube reúne-se entre os dias 11 e 14 na Áustria. Será a despedida de Balsemão como membro do conselho director, que escolheu Barroso para seu sucessor.

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Barroso espera que não se cai na "tentação de ceder ao populismo" por causa dos resultados em Itália JOHN THYS/AFP

O Clube de Bilderberg reúne-se em Telfs-Buchen, na Áustria, já esta semana, entre os dias 11 e 14. De acordo com a organização, está prevista a presença de cerca de 140 participantes de 22 países. A lista de tópicos para discussão desta 63ª conferência divulgada esta segunda-feira pela organização inclui também a estratégia europeia, a globalização, as ameaças das armas químicas, a situação política no Irão, a inteligência artificial, e o quadro político no Reino Unido.

Em Telfs-Buchen, rodeados de grande aparato policial estarão líderes políticos, académicos reputados, representantes de organizações internacionais, gestores de multinacionais das áreas da banca e finança, indústria, media, aviação, tecnologia, entre outros.

Esta será a última conferência em que Balsemão participa como membro do steering committee, o conselho director que organiza os encontros anuais. Ao fim de 32 anos, Francisco Pinto Balsemão vai deixar o restrito clube de Bilderberg e escolheu Durão Barroso para lhe suceder, como o PÚBLICO noticiou. O ex-presidente da Comissão Europeia é um dos portugueses com mais presenças em encontros de Bilderberg. A passagem de testemunho deverá decorrer no final desta reunião anual.

“Achei que era a altura de dar lugar a outro português”, justificou Balsemão ao PÚBLICO sem querer entrar em pormenores. O patrão da Impresa poderá continuar a ser convidado para participar em conferências anuais daquele clube restrito.

Por seu lado, Durão Barroso já conhece bem a mecânica de Bildernerg: foi convidado em 2003 e 2005 e manteve uma ligação como consultor. Esta será a sua terceira participação formal - há dez anos que ninguém repete o convite.

Para António Vitorino esta também será a terceira participação nas reuniões de Bilderberg. O socialista estreou-se em 1996, quando era vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa de Guterres, na reunião que decorreu em Toronto (Canadá). E voltou em 2004, quando já era comissário europeu da Justiça e Assuntos Internos, acompanhando José Sócrates e Pedro Santana Lopes (este último subiu a primeiro-ministro semanas depois, o penúltimo seria eleito chefe de Governo no ano seguinte).

“A conferência é um fórum de discussão informal de questões importantes que o mundo enfrenta. Os encontros decorrem sob a regra de Chatham House, segundo a qual os participantes podem usar a informação que ali receberam” mas não podem revelar a identidade da sua fonte, realça a organização.

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