Vice-presidente do PSD diz que Santana “tem todas as condições” para ser Presidente
O ex-primeiro-ministro assume que não está “excluído” da corrida a Belém.
No CDS, as preferências vão para Marcelo Rebelo de Sousa ou Rui Rio. Mas Santana Lopes parece não estar excluído, tudo depende do perfil que for definido para o candidato.
Confrontada com a disponibilidade de Pedro Santana Lopes para Belém, Teresa Leal Coelho considera que o antigo primeiro-ministro “reúne todas as condições para exercer o cargo de Presidente da República com responsabilidade e isenção e sentido de estado”.
A dirigente social-democrata acrescenta: “Mas, como o próprio Santana Lopes diz, o futuro a Deus pertence. Veremos se se apresenta às eleições mas se o fizer será um bom candidato”. Teresa Leal Coelho, falando a título pessoal, considera que “num país livre quem sente que tem condições para exercer um cargo e para servir o país e os portugueses devem fazê-lo”.
“O tempo não está para hesitações, as pessoas devem posicionar- se com determinação e com projecto para Portugal que possa contribuir para os avanços civilizacionais de que precisamos. As pessoas têm de ter a coragem para servir o país acima das suas ambições pessoais”, acrescentou a dirigente social-democrata.
Depois de António Costa ter declarado a preferência por António Guterres como candidato de esquerda, à direita somam-se os potenciais candidatos. O comentador político Marcelo Rebelo de Sousa é o favorito nas sondagens, o ex-autarca Rui Rio admite avançar para a corrida a Belém ou para presidente do PSD se houver uma vaga de fundo. Pedro Santana Lopes perfilou-se como possível candidato na entrevista ao Expresso do passado sábado e deu mais um passo nesse sentido em declarações esta segunda-feira ao CMTV.
“Tenho 58 anos, conheço bem o país e os portugueses”, disse o antigo presidente da Câmara de Lisboa, quando questionado sobre a sua candidatura, acrescentando que não está fora da corrida.
“Não estou excluído e de fora ninguém me põe”, afirmou, manifestando-se contra a forma como os candidatos são escolhidos. É um “comité de poder, de poderosos que agora andam a cair uns atrás dos outros e depois dizem assim: Só pode haver um candidato à direita ou à esquerda que é quem nós escolhemos. Isso não quero mais para o meu país”, afirmou.
Já no seu espaço de comentário televisivo da SIC, no passado sábado, Luís Marques Mendes tinha afirmado que Santana Lopes é “de longe o preferido da direcção” do partido liderado por Pedro Passos Coelho para a corrida a Belém.
Se no PSD é dominante a tese de que é prematuro falar das próximas presidenciais, no CDS o tema é também considerado deslocado da realidade. É que os próximos tempos adivinham-se difíceis na coligação com um Orçamento do Estado para 2015 previsivelmente tenso.
Os centristas querem ver no OE um sinal de que os sacrifícios dos últimos anos valeram a pena. Sobre as presidenciais de 2016, “primeiro tem de se definir um perfil para depois se poder encaixar um nome”, segundo uma fonte do CDS. Figuras proeminentes do partido têm dado apoio a candidatos diferentes (Marcelo Rebelo de Sousa e Rui Rio), numa dispersão que não é habitual assistir-se entre os centristas. Mas o líder do CDS, Paulo Portas, ainda não se manifestou publicamente. E tudo indica que irá gerir esse silêncio durante os próximos meses.