Sócrates quebra o silêncio e declara apoio a António Costa

Na sua primeira declaração pública desde que deixou a cadeia de Évora, o ex-primeiro-ministro diz que “há um tempo para tudo” e agradece o apoio dos militantes.

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José Sócrates está desde sexta-feira em prisão domiciliária em Lisboa REUTERS/Hugo Correia

“Há um tempo para tudo. Neste momento, o que mais me importa é que todos aqueles que se batem por uma alternativa política de mudança saibam que estou do seu lado. Ao lado do PS, ao lado de António Costa, pela vitória eleitoral”, diz o ex-primeiro-ministro.

Confirma-se assim aquilo que muitos viam como a inevitável entrada de José Sócrates na campanha de Costa, que tem evitado falar sobre a sua prisão, isto na véspera do primeiro e único debate televisivo a dois que o oporá ao actual primeiro-ministro e principal adversário na corrida eleitoral, Pedro Passos Coelho.

Na breve declaração de dois parágrafos ao JN, José Sócrates agradece igualmente todo o apoio que tem recebido de amigos, cidadãos e militantes socialistas. “Desejo agradecer aos inúmeros amigos e cidadãos as mensagens de apoio e solidariedade que me fizeram chegar. Em particular, agradeço aos militantes e simpatizantes do PS o apoio e o companheirismo sem falhas que sempre me dispensaram e que tanto me sensibilizaram.”

José Sócrates está desde sexta-feira em prisão domiciliária, em Lisboa, depois de nove meses e meio de prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora, no âmbito da chamada Operação Marquês.

O ex-primeiro-ministro foi detido a 21 de Novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para acto ilícito.

A decisão de alterar as medidas de coacção do antigo primeiro-ministro, o único dos arguidos da Operação Marquês que ainda estava na cadeia, foi anunciada na sexta-feira pelo Tribunal da Comarca de Lisboa.

Os advogados de defesa de Sócrates já afirmaram ser "insuficiente" esta alteração na medida de coacção imposta ao ex-primeiro-ministro e anunciaram que vão recorrer da decisão. com Lusa

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