Seguro reafirma oposição à privatização do sector das águas
"O Governo tem andado para a frente e para trás mas, no fundo, no fundo, tem uma perspectiva, a da privatização das águas em Portugal, o Partido Socialista opõe-se à privatização das águas em Portugal", disse António José Seguro aos jornalistas.
No Dia Mundial da Água, que hoje se comemora, António José Segurou visitou o Parque Verde do Mondego, acompanhado, entre outros, pelo antigo presidente da Câmara e candidato do PS às próximas autárquicas, Manuel Machado, que fez um historial dos investimentos naquela zona ribeirinha da cidade.
Manuel Machado considerou o rio Mondego como a mais importante reserva de água nacional, dado a sua gestão ser exclusivamente portuguesa, já que os rios Douro e Tejo têm gestão transaccional.
António José Seguro considerou que o Mondego "têm um aproveitamento turístico que se nota", manifestando-se "muito satisfeito" por ver "qualificada" a zona ribeirinha de Coimbra.
"Mas também há que tirar proveito agrícola destas águas", argumentou.
Sobre a questão que opõe a autarquia de Coimbra e a concessionária Águas do Mondego à empresa Águas de Portugal (AdP) e que levou o presidente da Câmara de Coimbra a ameaçar com um processo judicial à AdP por alegada quebra de contrato, Pedro Coimbra, líder da Federação Distrital do PS, considerou-a "uma posição tardia" e que vai "a reboque" das posições socialistas.
"A questão do Partido Socialista nesta matéria é muito clara e não é de agora. O PS opõe-se a qualquer tentativa ou tentação de privatização de parte ou de todo o sector da água, entende que os aumentos que porventura estarão a ser equacionados são para tapar um buraco financeiro das Águas de Portugal e que os consumidores não podem ser penalizados por um buraco financeiro para o qual não contribuíram", frisou.