Seguro quer programa para o interior apoiado por fundos comunitários
Líder do PS propõe incentivos ao investimento, com juros mais baixos para projectos empresariais nas regiões do interior.
António José Seguro falava num jantar comício em Vila Nova de Tazém de apoio à candidatura socialista à presidência da Câmara de Gouveia, liderada por Armando Almeida, depois de ter estado ao fim da tarde numa sessão de campanha em Seia, na qual esteve presente o presidente honorário do PS, António Almeida Santos.
O secretário-geral do PS começou por fazer um discurso de natureza ética, criticando “os que confundem política com ataques pessoais, os que cavam trincheiras como se fossem uma claque de futebol”.
“Essa é a política com um ‘pê’ pequeno, que abomino, mas a maioria de vós que está aqui é pela política do ‘pê’ grande, pelo desenvolvimento e progresso do vosso concelho”, disse.
Depois, Seguro contou emocionado uma conversa que tivera horas antes, em Seia, com um homem de 45 anos. Esse homem fez um pedido ao líder socialista: “Não deixe que este Governo nos enterre vivos”, referiu Seguro, citando de forma resumida a conversa com esse cidadão.
Para o secretário-geral do PS, só através da criação de emprego é possível combater a pobreza e a miséria no país.
“Proponho um programa de desenvolvimento para o interior, apoiado por fundos comunitários, estimulando as empresas a deslocarem-se para estas regiões através da concessão de juros de investimento mais baixos”, afirmou, antes de aludir aos mais recentes dados em que o desemprego de longa duração em Portugal terá aumentado mais de 20%.
“O país não pode aceitar que existam centenas de milhares de portugueses nesta situação. O país também não pode aceitar o corte das pensões de pessoas que descontaram e trabalharam uma vida inteira”, declarou, recebendo então uma prolongada salva de palmas.
No seu discurso, o secretário-geral do PS atacou directamente o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, dizendo que o líder do PSD prometera na última campanha eleitoral não despedir funcionários públicos e não cortar pensões.